sexta-feira, 4 de novembro de 2016

"Mafra comemora 300 anos do Palácio Nacional com meia centena de eventos" com vários destaques para o "Memorial do Convento" de José Saramago

Pode ser consultada e recuperada a informação aqui,
em https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/mafra-comemora-300-anos-do-palacio-nacional-com-meia-centena-de-eventos-1749749

"Mafra comemora 300 anos do Palácio Nacional com meia centena de eventos"

O programa prevê conferências, visitas à Tapada Nacional, lançamento de livros, concertos, encenação de uma peça de teatro, visitas subterrâneas a locais vedados ao público e exposições

Mafra vai comemorar os 300 anos, desde o lançamento da primeira pedra do Palácio Nacional, com cerca de 50 iniciativas culturais e religiosas, ao longo do ano, anunciou esta quarta-feira a comissão organizadora.

Direcção-Geral do Património Cultural, Palácio Nacional, Câmara Municipal, Escola das Armas, Tapada Nacional e a Paróquia de Mafra anunciaram, em conferência de imprensa, o programa, que prevê conferências, visitas à Tapada Nacional, lançamento de livros, concertos a seis órgãos, encenação de uma peça de teatro baseada no Memorial do Convento, de José Saramago, visitas subterrâneas a locais vedados ao público e exposições, ao longo do ano.

O director do palácio, Mário Pereira, espera que as comemorações sejam "sinónimo de investimento", recordando que foi lançado um concurso de 2,3 milhões de euros para a reabilitação dos sinos e carrilhões durante o próximo ano.

Em 2017, o monumento vai ser alvo também de obras de instalação de um elevador (400 mil euros), para as quais deverá ser em breve lançado concurso, e de restauro da Sala do Trono (50 mil euros), além de vir a ser dotado de 'áudio-guias' para facilitar a visita pelos turistas.

O programa das comemorações arranca no dia 17 com um espectáculo de fogo-de-artifício e uma conferência, pelo bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás Martins.

O programa contempla, ainda este mês, uma exposição de arte alusiva ao tricentenário, uma missa na Basílica, acompanhada pelos seis órgãos históricos e dois coros (dia 19), e uma conferência pelo cardeal patriarca, Manuel Clemente (28).

Em Dezembro, acolhe, nos dias 17 e 18, um concerto a seis órgãos com a participação do Coro da Academia de Música de Santa Cecília de Lisboa, enquanto no dia 10 é lançada uma nova edição do Memorial do Convento, com prefácio de Carlos Reis e ilustrações do pintor João Abel Manta, para assinalar os 18 anos da entrega do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago.

Em 2017, o palácio associa-se às cerimónias da Quaresma (Março) e da Páscoa (Abril), com missas presididas pelo cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.

Em Maio, é realizado o espectáculo teatral A luz no Sagrado, nos dias 19 e 20, a 26 é lançado o livro Os Órgãos Históricos do Concelho de Mafra, e, de 24 a 28, o palácio acolhe o Festival Internacional de Órgão, promovido pela Associação das Cidades com Órgãos Históricos.

Em Junho, organistas austríacos dão um concerto nos seis órgãos da basílica (dia 11) e vai ser promovida uma recriação histórica alusiva à fase de construção do monumento (dias 24 e 25).

Em Setembro, os visitantes vão poder observar um espectáculo de videomapping e fogo-de-artifício ( dias1 e 2).

Em Outubro, destaque para o dia 21, com uma mostra gastronómica alusiva à época e ópera e, no dia 22, uma missa presidida por Manuel Clemente, para assinalar a sagração da basílica.

O programa encerra a 17 de Novembro de 2017, com a comemoração dos 300 anos do lançamento da primeira pedra da basílica, de novo com um concerto a seis órgãos e fogo-de-artifício."

"1936, o Ano da morte de Ricardo Reis" baseado na obra de José Saramago em cena no teatro A Barraca

Aqui mais informações,

"Este belo e profundo romance convida a uma reflexão dramatúrgica muito entusiasmante.
Começa pela invenção do encontro entre Fernando Pessoa já falecido e o heterónimo Ricardo Reis, com casos reais de sexo e paixão, também de ambiente surdo, falso e pesado, e porque fala com humor da relação criador / “obra / figura/personagem”.
Além disso, define como protagonista principal da obra, o ANO em que a trama se desenvolve.

E que ANO!!??

1936! Alguns dados... Comemoração dos 10 anos do golpe militar de 28 de Maio de 1926 que foi o pontapé de saída para o início do fascismo, especialização da polícia política com o apoio da Gestapo, fundação da Mocidade Portuguesa, Legião Portuguesa e campo de concentração do Tarrafal… Mussolini invade a Etiópia com o silêncio cúmplice das casas Reais Europeias, Hitler intensifica o ataque aos judeus, começo da guerra civil de Espanha…
Nos tempos de hoje, de frágil memória, menoridade cívica e ética, fundamentalismos, militarismos, imperialismo financeiro gerando miséria e horror Universais, renascendo a tenebrosa fénix nazi-fascista, aqui está uma obra que demonstra que as convulsões sociais nunca - infelizmente - , passaram a “coisa” datada e de dispensável interesse arqueológico."

de Hélder Mateus da Costa

Pode ser visualizado via YouTube, aqui

"1936, o Ano da morte de Ricardo Reis"
a partir do romance de José Saramago
um espectáculo de Hélder Mateus da Costa

com
ADÉRITO LOPES - Ricardo Reis
CAROLINA PARREIRA – Marcenda
JOÃO MARIA PINTO – Dr. Sampaio / Espanhol Franquista / Ceguinho viola
RUBEN GARCIA – Fernando Pessoa /Carregador da mala
SAMUEL MOURA – Salvador
SÉRGIO MORAS – Vitor/ Recrutador/ Saramago
SÓNIA BARRADAS – Lídia