Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

A Trilogia Completa de "A Viagem do Elefante"

Por estes dias... completou-se uma trilogia... 
Salomão adoptado por José Saramago, também corre mundo, com as pranchas de João Amaral, 
nos poemas musicado por Luis Pastor, e na encenação do Trigo Limpo teatro Acert.

"A Viagem do Elefante"
(Uma produção Trigo Limpo teatro ACERT, em co-produção musical com Flor de Jara, 
e com parceria da Fundação José Saramago. 
Imagens recolhidas em São Pedro do Sul a 20-09-2014.)


...a minha trilogia, agora completa...
"A Viagem do Elefante" original de José Saramago
com a edição em BD de João Amaral
e Livro/CD produção Trigo Limpo teatro ACERT com musicas de Luis Pastor

"Deus como problema" em O Caderno (16/10/2008)... ou a possibilidade da paz na humanidade

"Ataque a escola em Peshawar causou 141 mortos, foi o mais sangrento no Paquistão"


"Peshawar, Paquistão, (16/12/2014) - O exército paquistanês informou que 141 pessoas, 132 das quais crianças, foram mortas hoje no ataque de um comando talibã a uma escola para filhos de militares em Peshawar, o mais sangrento ataque terrorista da história do Paquistão.
O pior até agora tinha sido um atentado que causou 139 mortos em Carachi (sul) em 2007 aquando do regresso ao país da antiga primeira-ministra Benazir Bhutto.
O porta-voz do exército paquistanês, general Asim Bajwa, disse ainda, numa conferência de imprensa, que 124 pessoas, entre as quais 121 crianças, ficaram feridas no ataque que durou mais de seis horas e que terminou com a morte dos seis elementos do comando talibã."

Uma pequena notícia, o mundo ocidental por breves instantes, ficou horrorizado com a matança. 
Não foi um acidente.
Foi um massacre.
Foi uma execução em massa.
Em nome de um "deus".
No blog "O Caderno", Saramago coloca a questão central:

"Deus como problema, 
Deus como pedra no meio do caminho, 
Deus como pretexto para o ódio, 
Deus como agente de desunião"




Extracto de "O Evangelho Segundo Jesus Cristo"
Jesus descobre os prazeres da carne com Maria de Magdala

(...) "A cama não é aquela rústica esteira estendida no chão, com um lençol pardo lançado por cima, que Jesus viu sempre em casa dos pais enquanto lá viveu, esta é um verdadeiro leito como o outro de que alguém disse, Adornei a minha cama com cobertas, com colchas bordadas de linho do Egipto, perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo. Maria de Magdala conduziu Jesus até junto do forno, onde o chão era de ladrilhos de tijolo, e ali, recusando o auxílio dele, por suas mãos o despiu e lavou, às vezes tocando-lhe o corpo, aqui e aqui, e aqui, com as pontas dos dedos, beijando-o de leve no peito e nas ancas, de um lado e do outro. Estes roces delicados faziam estremecer Jesus, as unhas da mulher arrepiavam-no quando lhe percorriam a pele, Não tenhas medo, disse Maria de Magdala. Enxugou-o e levou-o pela mão até à cama, Deita-te, eu volto já. Fez correr um pano numa corda, novos rumores de águas se ouviram, depois uma pausa, o ar de repente tornou-se perfumado e Maria de Magdala apareceu, nua. Nu estava também Jesus, como ela o deixara, o rapaz pensou que assim é que devia estar certo, tapar o corpo que ela descobrira teria sido como uma ofensa. Maria parou -ao lado da cama, olhou-o com uma expressão que era, ao mesmo tempo, ardente e suave, e disse, És belo, mas para seres perfeito, tens de abrir os olhos. Hesitando, Jesus abriu-os, imediatamente os fechou, deslumbrado, tornou a abri-los e nesse instante soube o que em verdade queriam dizer aquelas palavras do rei Salomão, As curvas dos teus quadris são como jóias, o teu umbigo é uma taça arredondada, cheia de vinho perfumado, o teu ventre é um monte de trigo cercado de lírios, os teus dois seios são como dois filhinhos gémeos de uma gazela, mas soube-o ainda melhor, e definitivamente, quando Maria se deitou ao lado dele, e, tomando-lhe as mãos, puxando-as para si, as fez passar, lentamente, por todo o seu corpo, os cabelos e o rosto, o pescoço, os ombros, os seios, que docemente comprimiu, o ventre, o umbigo, o púbis, onde se demorou, a enredar e a desenredar os dedos, o redondo das coxas macias, e, enquanto isto fazia, ia dizendo em voz baixa, quase num sussurro, Aprende, aprende o meu corpo. Jesus olhava as suas próprias mãos, que Maria segurava, e desejava tê-las soltas para que pudessem ir buscar, livres, cada uma daquelas partes, mas ela continuava, uma vez mais, outra ainda, e dizia, Aprende o meu corpo, aprende o meu corpo.. Jesus respirava precipitadamente, mas houve um momento em que pareceu sufocar, e isso foi quando as mãos dela, a esquerda colocada sobre a testa, a direita sobre os tornozelos, principiaram uma lenta carícia, na direcção uma da outra, ambas atraídas ao mesmo ponto central, onde, quando chegadas, não se detiveram mais do que um instante, para regressarem com a mesma lentidão ao ponto de partida, donde recomeçaram o movimento. Não aprendeste nada, vai-te, dissera Pastor, e quiçá quisesse dizer que ele não aprendera a defender a vida. Agora Maria de Magdala ensinara-lhe, Aprende o meu corpo, e repetia, mas doutra maneira, mudando-lhe uma palavra, Aprende o teu corpo, e ele aí o tinha, o seu corpo, tenso, duro, erecto, e sobre ele estava, nua e magnífica, Maria de Magdala, que dizia, Calma, não te preocupes, não te movas, deixa que eu trate de ti, então sentiu que uma parte do seu corpo, essa, se sumira no corpo dela, que um anel de fogo o rodeava, indo e vindo, que um estremecimento o sacudia por dentro, como um peixe agitando-se, e que de súbito se escapava gritando, impossível, não pode ser, os peixes não gritam, ele, sim, era ele quem gritava, ao mesmo tempo que Maria, gemendo, deixava descair o seu corpo sobre o dele, indo beber-lhe da boca o grito, num sôfrego e ansioso beijo que desencadeou no corpo de Jesus um segundo e interminável frémito." (...)

"Evangelho Segundo Jesus Cristo"
Caminho, 1991
Páginas 281 a 283



Original para ser consultado em http://caderno.josesaramago.org/6909.html

Leitura em "O Caderno" (Caminho, 2.ª edição)
16 de Outubro de 2008, páginas 71 a 76

"Deus como problema"
"Entre todas as coisas improváveis do mundo, ocupa um dos primeiros lugares a hipótese de que o cardeal Rouco Varela venha a ler este blog. Em todo o caso, uma vez que a Igreja Católica continua a afirmar que os milagres existem, a ela e a eles me confio para que, sob os olhos do ilustre, instruído e simpático purpurado, caiam um dia as linhas que se seguem. Há muitos mais problemas que o laicismo, considerado por sua eminência responsável do nazismo e do comunismo, e é precisamente de um deles que se fala aqui. Leia, senhor cardeal, leia. Ponha o seu espírito a fazer ginástica.

"Deus como problema"

Não tenho dúvidas de que este arrazoado, logo a começar pelo título, irá obrar o prodígio de pôr de acordo, ao menos por esta vez, os dois irredutíveis irmãos inimigos que se chamam Islamismo e Cristianismo, particularmente na vertente universal (isto é, católica) a que o primeiro aspira e em que o segundo, ilusoriamente, ainda continua a imaginar-se. Na mais benévola das hipóteses de reacção possíveis, clamarão os bem-pensantes que se trata de uma provocação inadmissível, de uma indesculpável ofensa ao sentimento religioso dos crentes de ambos os partidos, e, na pior delas (supondo que pior não haja), acusar-me-ão de impiedade, de sacrilégio, de blasfémia, de profanação, de desacato, de quantos outros delitos mais, de calibre idêntico, sejam capazes de descobrir, e portanto, quem sabe, merecedor de um castigo que me sirva de escarmento para o resto da vida. Se eu próprio pertencesse ao grémio cristão, o catolicismo vaticano teria de interromper os espectáculos estilo cecil b. de mille em que agora se compraz para dar-se ao trabalho de me excomungar, porém, cumprida essa obrigação disciplinária, veria caírem-se-lhe os braços. Já lhe escasseiam as forças para proezas mais atrevidas, uma vez que os rios de lágrimas choradas pelas suas vítimas empaparam, esperemos que para sempre, a lenha dos arsenais tecnológicos da primeira inquisição. Quanto ao islamismo, na sua moderna versão fundamentalista e violenta (tão violenta e fundamentalista como foi o catolicismo na sua versão imperial), a palavra de ordem por excelência, todos os dias insanamente proclamada, é “morte aos infiéis”, ou, em tradução livre, se não crês em Alá, não passas de imunda barata que, não obstante ser também ela uma criatura nascida do Fiat divino, qualquer muçulmano cultivador dos métodos expeditivos terá o sagrado direito e o sacrossanto dever de esmagar sob o chinelo com que entrará no paraíso de Maomé para ser recebido no voluptuoso seio das huris. Permita-se-me portanto que torne a dizer que Deus, sendo desde sempre um problema, é, agora, o problema.Como qualquer outra pessoa a quem a lastimável situação do mundo em que vive não é de todo indiferente, tenho lido alguma coisa do que se tem escrito por aí sobre os motivos de natureza política, económica, social, psicológica, estratégica, e até moral, em que se presume terem ganho raízes os movimentos islamistas agressivos que estão lançando sobre o denominado mundo ocidental (mas não só ele) a desorientação, o medo, o mais extremo terror. Foram suficientes, aqui e além, umas quantas bombas de relativa baixa potência (recordemos que quase sempre foram transportadas em mochila ao lugar dos atentados) para que os alicerces da nossa tão luminosa civilização estremecessem e abrissem fendas, e ruíssem aparatosamente as afinal precárias estruturas da segurança colectiva com tanto trabalho e despesa levantadas e mantidas. Os nossos pés, que críamos fundidos no mais resistente dos aços, eram, afinal, de barro.É o choque das civilizações, dir-se-á. Será, mas a mim não me parece. Os mais de sete mil milhões de habitantes deste planeta, todos eles, vivem no que seria mais exacto chamarmos a civilização mundial do petróleo, e a tal ponto que nem sequer estão fora dela (vivendo, claro está, a sua falta) aqueles que se encontram privados do precioso “ouro negro”. Esta civilização do petróleo cria e satisfaz (de maneira desigual, já sabemos) múltiplas necessidades que não só reúnem ao redor do mesmo poço os gregos e os troianos da citação clássica, mas também os árabes e os não árabes, os cristãos e os muçulmanos, sem falar naqueles que, não sendo uma coisa nem outra, têm, onde quer que se encontrem, um automóvel para conduzir, uma escavadora para pôr a trabalhar, um isqueiro para acender. Evidentemente, isto não significa que por baixo dessa civilização a todos comum não sejam discerníveis os rasgos (mais do que simples rasgos em certos casos) de civilizações e culturas antigas que agora se encontram imersas em um processo tecnológico de ocidentalização a marchas forçadas, o qual, não obstante, só com muita dificuldade tem logrado penetrar no miolo substancial das mentalidades pessoais e colectivas correspondentes. Por alguma razão se diz que o hábito não faz o monge…

Uma aliança de civilizações poderá representar, no caso de vir a concretizar-se, um passo importante no caminho da diminuição das tensões mundiais de que cada vez parecemos estar mais longe, porém, seria de todos os pontos de vista insuficiente, ou mesmo totalmente inoperante, se não incluísse, como item fundamental, um diálogo inter-religiões, já que neste caso está excluída qualquer remota possibilidade de uma aliança… Como não há motivos para temer que chineses, japoneses e indianos, por exemplo, estejam a preparar planos de conquista do mundo, difundindo as suas diversas crenças (confucionismo, budismo, taoísmo, hinduísmo) por via pacífica ou violenta, é mais do que óbvio que quando se fala de aliança das civilizações se está a pensar, especialmente, em cristãos e muçulmanos, esses irmãos inimigos que vêm alternando, ao longo da história, ora um, ora outro, os seus trágicos e pelos vistos intermináveis papéis de verdugo e de vítima.Portanto, quer se queira, quer não, Deus como problema, Deus como pedra no meio do caminho, Deus como pretexto para o ódio, Deus como agente de desunião. Mas desta evidência palmar não se ousa falar em nenhuma das múltiplas análises da questão, sejam elas de tipo político, económico, sociológico, psicológico ou utilitariamente estratégico. É como se uma espécie de temor reverencial ou a resignação ao “politicamente correcto e estabelecido” impedissem o analista de perceber algo que está presente nas malhas da rede e as converte num entramado labiríntico de que não tem havido maneira de sairmos, isto é, Deus. Se eu dissesse a um cristão ou a um muçulmano que no universo há mais de 400 mil milhões de galáxias e que cada uma delas contém mais de 400 mil milhões de estrelas, e que Deus, seja ele Alá ou o outro, não poderia ter feito isto, melhor ainda, não teria nenhum motivo para fazê-lo, responder-me-iam indignados que a Deus, seja ele Alá ou o outro, nada é impossível. Excepto, pelos vistos, diria eu, fazer a paz entre o islão e o cristianismo, e, de caminho, conciliar a mais desgraçada das espécies animais que se diz terem nascido da sua vontade (e à sua semelhança), a espécie humana, precisamente.

Não há amor nem justiça no universo físico. Tão-pouco há crueldade. Nenhum poder preside aos 400 mil milhões de galáxias e aos 400 mil milhões de estrelas existentes em cada uma. Ninguém faz nascer o Sol cada dia e a Lua cada noite, mesmo que não seja visível no céu. Postos aqui sem sabermos porquê nem para quê, tivemos de inventar tudo. Também inventámos Deus, mas esse não saiu das nossas cabeças, ficou lá dentro como factor de vida algumas vezes, como instrumento de morte quase sempre. Podemos dizer “Aqui está o arado que inventámos”, não podemos dizer “Aqui está o Deus que inventou o homem que inventou o arado”. A esse Deus não podemos arrancá-lo de dentro das nossas cabeças, não o podem fazer nem mesmo os próprios ateus, entre os quais me incluo. Mas ao menos discutamo-lo. Já nada adianta dizer que matar em nome de Deus é fazer de Deus um assassino. Para os que matam em nome de Deus, Deus não é só o juiz que os absolverá, é o Pai poderoso que dentro das suas cabeças juntou antes a lenha para o auto-de-fé e agora prepara e ordena colocar a bomba. Discutamos essa invenção, resolvamos esse problema, reconheçamos ao menos que ele existe. Antes que nos tornemos todos loucos. E daí, quem sabe? Talvez fosse a maneira de não continuarmos a matar-nos uns aos outros."

"Não sou niilista, sou simplesmente relativista." - da filosofia de base em José Saramago

"Simplesmente relativista"

Publicado no blog , em http://caderno.josesaramago.org/90390.html
Publicado no livro "José Saramago Nas Suas Palavras" - (Caminho, pág. 55)

"Não sou niilista, sou simplesmente relativista. André Compte-Sponville, no seu Dicionário Filosófico, coloca as coisas no seu lugar: o niilismo é a filosofia da preguiça ou do nada, o relativismo é a filosofia do desejo e da acção. Os que dizem que sou um niilista não sabem ler ou, se o sabem, não entendem o que lêem."
“Soy un relativista”, Vistazo, Guayaquil, 19 de Fevereiro de 2004



Via Wikipédia, informação sobre o filósofo, 
"André Comte-Sponville (Paris, 12 de março de 1952) é um filósofo materialista francês.
Ex-aluno da École normale supérieure da rue d'Ulm, foi amigo de Louis Althusser.
Por muito tempo foi maître de conférences da Universidade de Paris I: Panthéon Sorbonne, da qual se demitiu em 1998 para dedicar-se completamente a escrever e proferir conferrências fora do circuito universitário.
Desde 2008 é membro do Comité consultatif national d'éthique (Comitê Consultivo Nacional de Ética) do seu país.
Comte-Sponville utiliza o referencial de Jean Paul Sartre, que já havia dito que "todos somos responsáveis por todos" e de Dostoievsky, "somos todos responsáveis por tudo, diante de todos".
Em sua obra O capitalismo é moral?, que é a transcrição de uma conferência, tenta demonstrar a amoralidade do capitalismo, já que como técnica, a economia é exterior a toda preocupação moral. Comte-Sponville define então quatro ordens, no sentido pascaliano do termo :
1. ordem económico-tecno-científica
2. ordem político-jurídica
3. ordem da moral
4. ordem da ética ou ordem do amor
Considera a possibilidade de existência de uma quinta ordem, a ordem do divino, mas, sendo ateu, pensa que seja dispensável. Mas ele acredita na possibilidade e na necessidade de uma espiritualidade ainda no ateísmo. De fato, Comte-Sponville encontra no ateísmo uma fonte mais legítima da Ética, da adocção de valores humanos já não apesar de não acreditar na existência do divino, senão justamente por ser o humano possuidor de consciência e de valores que nao dependem da fé em divindade nenhuma."

Conferência na Cátedra Alfonso Reyes - "José Saramago - Una perspectiva en final del milenio"

José Saramago - "Una perspectiva en final del milenio"

Link do vídeo, via Youtube - https://www.youtube.com/watch?v=FCxNjBjGV7s

"Cátedra Alfonso Reyes" - Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey - México
"Un espacio de encuentro y reflexión con las voces más influyentes del pensamiento humanista contemporáneo.
Acerca de la Cátedra Alfonso Reyes del Tecnológico de Monterrey.
El Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey crea la Cátedra Alfonso Reyes como una respuesta a la necesidad de fortalecer las humanidades en la formación de sus profesores, estudiantes y la comunidad en general.
La misión del Tecnológico de Monterrey es formar personas íntegras, éticas, con una visión humanista y competitivas internacionalmente en su campo profesional, que al mismo tiempo sean ciudadanos comprometidos con el desarrollo económico, político, social y cultural de su comunidad y con el uso sostenible de los recursos naturales. Esto implica promover en sus alumnos valores y actividades como la responsabilidad, el liderazgo y la conciencia clara de las necesidades de su país. Lo anterior requiere de un proceso donde se refuerce una visión integral del mundo; es decir, formar a la personas tanto en el plano humano como en el profesional, sin limitarnos a transmitir una serie de conocimientos, sino instar a que, desde una perspectiva humanista, cada uno aporte lo mejor de sí mismo a su profesión.
Con este programa se rinde tributo al escritor regiomontano Alfonso Reyes, siguiendo el espíritu humanista de una de las figuras capitales del pensamiento del siglo XX.
A través de la Universidad TecVirtual, la Cátedra está presente en todos los campus y sedes del Sistema en México y América Latina, generando así un pensamiento sin fronteras."