Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Entrevista de Clara Ferreira Alves a José Saramago - Programa Falatório RTP2 (6/11/1997)


A primeira parte do programa pode ser recuperada e visualizada aqui

"Primeira parte da entrevista conduzida por Clara Ferreira Alves ao escritor José Saramago, sobre a sua vida pessoal e a sua escrita, a propósito do novo romance "Todos Os Nomes"."



A segunda parte do programa pode ser recuperada e visualizada aqui

"Segunda parte da entrevista conduzida por Clara Ferreira Alves ao escritor José Saramago, sobre a sua vida pessoal e a sua escrita, a propósito do novo romance "Todos Os Nomes"."

Nome do Programa: José Saramago
Nome da série: Falatório
Locais: Lisboa
Personalidades: Clara Ferreira Alves, José Saramago
Temas: Artes e Cultura, Sociedade
Canal: RTP 2
Menções de responsabilidade: Autoria: Clara Ferreira Alves Produção: Maria Otília Ribeiro e Nuno Figueira Realização: Leonilde Rodrigues

Recuperação de três entrevistas a José Saramago no programa "Roda Viva" (1992, 1998 e 2003 - Brasil)

Programa Roda Viva 1992
Pode ser recuperado e visualizado, aqui

Sinopse
"O Roda Viva recebeu, em 1992, o escritor português contemporâneo e também conhecido por sua incansável militância política, José Saramago. Ele veio visitar o Brasil, onde abriu o Congresso Internacional promovido pela Universidade de São Paulo, a USP, sobre o tema “América 92: raízes e trajetórias” e discutiu, neste programa, alguns assuntos como literatura e política, dentre outros. 
Participaram da bancada de entrevistados Luiz Antonio Giron, repórter do jornal Folha de S. Paulo; Hamilton dos Santos, editor do suplemento Cultura, do jornal O Estado de S. Paulo; Edla Van Steen, escritora; Gilberto Mansur, jornalista e escritor; Roberto Pompeu de Toledo, editor-especial da revista Veja; Fábio Lucas, crítico e professor da Universidade de Brasília; Ivan Ângelo, editor-executivo do Jornal da Tarde; e Jayme Martins, jornalista da TV Cultura. 
O programa não contém edição e foi ao ar em 1992."

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Programa Roda Viva - 26 de Outubro de 1998
Pode ser recuperado e visualizado, aqui

Sinopse
"O escritor português contemporâneo mais famoso no Brasil e no mundo é reconhecido também pela incansável militância política."

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Programa Roda Viva - 23 de Outubro de 2003
Pode ser recuperado e visualizado, aqui

Sinopse
"Saramago reúne em sua obra o pensamento social e humanista que o caracteriza não só como um dos mais reconhecidos romancistas da língua portuguesa, mas também como um dos pensadores mais críticos da globalização, da lógica do mercado e do individualismo que marcam  homem no mundo atual"

Faleceu Luis Sepúlveda, escritor chileno aos 70 anos





Através do site da Porto Editora é possível ter uma pequena biografia do falecido autor.
Pode ser consultada aqui

"BIOGRAFIA
Luis Sepúlveda nasceu em Ovalle, no Chile, a 4 de outubro de 1949 e morreu a 16 de abril de 2020 em Oviedo, Espanha. O seu pai era militante do Partido Comunista e proprietário de um restaurante. A mãe era enfermeira e tinha origens mapuche. Cresceu no bairro San Miguel de Santiago e estudou no Instituto Nacional, onde começou a escrever por influência de uma professora de História.
Aos 15 anos ingressou na Juventude Comunista do Chile, da qual foi expulso em 1968. Depois disso, militou no Exército de Libertação Nacional do Partido Socialista. Após os estudos secundários, ingressou na Escola de Teatro da Universidade de Chile, da qual chegou a ser diretor. Anos mais tarde, licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha.
Da sua vasta obra – toda ela traduzida em Portugal –, destacam-se os romances O Velho que Lia Romances de Amor e História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar. Mas todos os seus livros conquistaram em todo o mundo a admiração de milhões de leitores.
Em 2016, recebeu o Prémio Eduardo Lourenço – que visa galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica –, uma honra de definiu como «uma emoção muito especial».
Para além de romancista, foi realizador, roteirista, jornalista e ativista político. Em 1970 venceu o Prémio Casa das Américas pelo seu primeiro livro, Crónicas de Pedro Nadie, e também uma bolsa de estudo de cinco anos na Universidade Lomonosov de Moscovo. No entanto, só ficaria cinco meses na capital soviética, uma vez que foi expulso da universidade por “atentado à moral proletária”. Membro ativo da Unidade Popular chilena nos anos 70, teve de abandonar o país após o golpe militar de Augusto Pinochet. Viajou e trabalhou no Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Peru. Viveu no Equador entre os índios Shuar, participando numa missão de estudo da UNESCO. Em 1979 alistou-se nas fileiras sandinistas, na Brigada Internacional Simon Bolívar, que lutava contra a ditadura de Anastácio Somoza. Depois da vitória da revolução sandinista, trabalhou como repórter.
Em 1982 rumou a Hamburgo, movido pela sua paixão pela literatura alemã. Nos 14 anos em que lá viveu, alinhou no movimento ecologista e, enquanto correspondente da Greenpeace, atravessou os mares do mundo, entre 1983 e 1988. Em 1997, instalou-se em Gijón, em Espanha, na companhia da mulher, a poetisa Carmen Yáñez. Nesta cidade fundou e dirigiu o Salão do Livro Ibero-americano, destinado a promover o encontro de escritores, editores e livreiros latino-americanos com os seus homólogos europeus.
Luís Sepúlveda vendeu mais de 18 milhões de exemplares em todo o mundo e as suas obras estão traduzidas em mais de 60 idiomas."


A Fundação José Saramago através das suas várias plataformas de comunicação, divulgou o fax de José Saramago dirigido a Luis Sepúlveda, então à data tratando de assuntos relacionados com ataques que era alvo. Ficou a mensagem de solidariedade.