Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

sábado, 17 de outubro de 2015

Enquanto não chega a "Blimunda" Outubro 2015, recordamos uma edição anterior (#17 - Outubro 2013)

(capa da edição #17 - Outubro 2013)

Para descarregar e ler, aqui
em http://www.josesaramago.org/blimunda-17-outubro-2013/

Sinopse da edição #17
"A Blimunda de outubro viajou até ao México para acompanhar o Hay Festival de Xalapa e aí entrevistar o fotógrafo dos escritores, Daniel Mordzinski, e Juan Gabriel Vásquez. Destes dias cheios, com furacões pelo meio, chega-nos agora o relato de Ricardo Viel, acompanhado por imagens inéditas captadas pela lente de Daniel Mordzinski.

No infantil e juvenil destaque para o trabalho editorial da APCC – Associação para a Promoção Cultural da Criança que, desde há alguns anos, a par da sua atividade regular, desenvolve uma intensa programação editorial, pautada por edições com textos e ilustrações dos melhores autores para a infância e juventude.

Também com presença nesta secção deste número da Blimunda, os dois novos volumes da coleção que a Kalandraka tem vindo a construir com obras que abordam o sexismo e os direitos das mulheres.

A fechar, a Saramaguiana traz-nos um ensaio de Miguel Koleff, professor na Universidade de Córdoba (Argentina), sobre o mito da caverna no romance homónimo de José Saramago. A acompanhar este ensaio, traduzido por Cristina Rodriguez e Artur Guerra, a Saramaguiana publica cinco fotografias inéditas de João Francisco Vilhena, realizadas em Lanzarote neste mês de outubro.

Boas leituras!"

"Johann Sebastian Bach - Cello Suite No 6 in D major, BWV 1012" em "As Intermitências da Morte"

Pode ser visualizado via YouTube, aqui 

"Johann Sebastian Bach - Cello Suite No 6 in D major, BWV 1012"
Mstislav Rostropovich, cello

(...) Enquanto o cão corria ao quintal para descarregar a tripa, o violoncelista pôs a suite de Bach no atril, abriu-a na passagem escabrosa, um pianíssimo absolutamente diabólico, e a implacável hesitação repetiu-se. A morte teve pena dele, Coitado, o pior é que não vai ter tempo para conseguir, aliás, nunca o têm, mesmo os que chegaram perto sempre ficaram longe. Então, pela primeira vez, a morte reparou em toda a casa não havia um único retrato de mulher, salvo de uma senhora de idade que tinha todo o ar de ser a mãe e que estava acompanhada por um homem que devia ser o pai. (...)
in, "As Intermitências da Morte"
Caminho, página 183

Via Mary Emy  | ;-) | 
A musicalidade na obra de ‪#‎saramago‬ 
Os andamentos e movimentos de ênfase ou de ruptura, o seu apoio e o contrário... 
uma das constantes na obra de José Saramago é a presença da música. 
Aqui presente em "As Intermitências da Morte", será o Violoncelista (como personagem) o elemento do contraponto e reequilíbrio... (será? )

A "Carta dos Deveres e Obrigações do Homem" - continua a sua discussão - México

(Sami Nair, Pilar del Río e Angel Gabilondo, 
durante a apresentação / G. Riquelme)

A notícia pode ser consulta e lida, aqui via 

"México alumbra la Carta de Deberes y Obligaciones del Hombre

Un grupo de académicos auspician el primer borrador de una declaración que actualice el significado de conceptos como dignidad, justicia o igualdad en un mundo globalizado

La Universidad Autónoma de México (UNAM) alumbró este jueves el primer boceto de la Carta de los Deberes y Obligaciones del Ser Humano. Retomando la llamada de José Saramago a la acción y la defensa de los derechos humanos por parte de la ciudadanía, un grupo de académicos e intelectuales redactó lo que pretende ser una nueva declaración programática que reactualice el significado de conceptos como dignidad, justicia o igualdad en un mundo globalizado.

“Nos fue propuesta una Declaración Universal de Derechos Humanos y con eso creímos que lo teníamos todo, sin darnos cuenta de que ningún derecho podrá subsistir sin la simetría de los deberes que le corresponden. Con la misma vehemencia y la misma fuerza con que reivindicamos nuestros derechos, reivindiquemos también el deber de nuestros deberes. Tal vez así el mundo comience a ser un poco mejor”. Estas palabras pronunciadas por José Saramago durante la recepción del premio Nobel de literatura 1998 son el germen y la inspiración de una nuevo texto que complemente el marco de derechos fundamentales firmados en 1948, en aquella recién inaugurada Organización de Naciones Unidas al albur del cierre de la Segunda Guerra Mundial.

El guante lanzado por el Nobel portugués ha sido recogido por grupo de académicos e intelectuales, bajo el auspicio y el apoyo de la propia Fundación Saramago, el centro de estudios World Future Society y la UNAM. El primer borrador de la llamada la Carta de los Deberes y Obligaciones del Ser Humano nace con la voluntad de ir afinando el articulado del texto y el ambicioso deseo de ampliar las adhesiones al proyecto para, finalmente, presentarlo ante las Naciones Unidas. “Ha pasado algo en estos 17 años desde la llamada de Saramago. Todo el proceso de globalización se ha profundizado y es un factor determinante que modifica el contenido de los deberes y los derechos. Hay una necesidad de una reconsideración a fondo de los que significan los derechos humanos hoy”, señaló Ángel Gabilondo, catedrático de filosofía y portavoz del grupo socialista en la Asamblea de Madrid, durante el acto de presentación celebrado en la Ciudad de México.

Los conceptos tradicionales de asilo y refugiado se han transformado. Hay un desafío mundial
Sami Naïr

El cuerpo de este primer borrador está compuesto ejes de derechos como: Justicia y estado de derecho; Educación, cultura y medios sociales de comunicación; Desarrollo sustentable y generación de energía o Fronteras, migraciones y grupos vulnerables. “El primer deber de los deberes de esa carta es precisamente luchar para realizar los derechos. Es una llamada a los sujetos de los derechos, a la movilización ciudadana, que tiene el deber de seguir luchando por materializar esos derechos y transformarlos de abstractos en concretos”, apuntó el politólogo Sami Naïr.

Como ejemplo de la transformación que han sufrido los contenidos y la defensa de los derechos al pasar de un mundo ordenado por Estados a otro fragmentado en flujos de capital, ideas y personas, los ponentes citaron el fenómeno de la migración. “En América Latina la migración es transnacional y transfronteriza. Mientras que Europa, no tiene una política de inmigración seria, sólo un dispositivo de gestión desde las necesidades del mercado de trabajo. A su vez los conceptos tradicionales de asilo y refugiado se han transformado, como demuestra el caso de los refugiados sirios. Hay un desafío mundial”, indicó Naïr en relación a la oleada de refugiados que está recibiendo Europa desde Oriente Medio.

Aunque el primer paso comience en la retórica, el sentido último de la carta, como reconocieron los ponentes, es influir en la elaboración de la legislación internacional y nacional. “Es una declaración. Pero si además de hablar, nos comprometemos, se convierte en una llamada a la acción imbuida por la fuerza de la palabra”, explicó Gabilondo. “Se trata de romper la tendencia de desafección política, social y cultural”, dijo Pilar del Río, presidenta de la fundación Saramago y viuda del Nobel."

Folio Festival Literário de Óbidos no programa "A Ronda da Noite" com João Francisco Vilhena sobre o "Ensaio sobre a Cegueira"

Programa "A Ronda da Noite"
A Ronda faz-se em Óbidos, na primeira edição do Folio, Festival Internacional de Literatura da vila medieval. Com José Pinho, Pedro Mexia, Anabela Mota Ribeiro, o maestro António Vitorino D'Almeida, João Francisco Vilhena, José Eduardo Agualusa (15 Outubro de 2015)

Por indicação de Laura Ferreira, e que muito agradeço a atenção da referência, deixou a sua mensagem: "Luís Caetano falou ontem, em Óbidos, com João Francisco Vilhena sobre a exposição Mal Branco, nos 20 anos do Ensaio Sobre a Cegueira. A partir da música, que se ouve ao minuto 42:06 ou, sem a música, ao minuto 43:40"
Muito Obrigada  


Para ouvir aqui em 

Sinopse genérica do programa
"A Ronda da Noite recebe e divulga escritores, artistas, gente com conhecimento e imaginação, autores de excepção. Mostra o novo mas também recupera memórias e momentos, e sai do estúdio para palcos de criação e fruição.
Antes do dia acabar, a rádio tem ideias para discutir e histórias para contar. Como num quadro de Rembrandt."