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"Pensemos que ninguno de los derechos humanos podría subsistir sin la simetría de los deberes que les corresponden... Tomemos entonces, nosotros, ciudadanos comunes, la palabra, con la misma vehemencia con que reivindicamos los derechos, reivindiquemos también el deber de nuestros deberes. Tal vez así el mundo pueda ser un poco mejor."
José Saramago
Premio Nobel de literatura
Octubre, 1998
Realizada pela
Universidad Nacional Autónoma de México
World Future Society Capítulo Mexicano A.C.
Associados
Fundação José Saramago
Consejo Coordinador Empresarial
"BIENVENIDA POR PARTE DE LA UNIVERSIDAD NACIONAL AUTÓNOMA DE MÉXICO
MENSAJE DE LA WORLD FUTURE SOCIETY CAPÍTULO MEXICANO A.C."
"En los últimos años hubo un reconocimiento de los derechos de diferentes grupos o minorías, que hicieron a las sociedades más plurales y tolerantes. Ahora es momento de establecer los deberes, obligaciones, y responsabilidades, que los seres humanos tenemos para que las sociedades puedan prosperar justa e igualitariamente, que nos permitan preservar el medio ambiente, respetar al resto de los seres vivos que nos acompañan en el planeta. En fin, creemos que ha llegado el momento de establecer los deberes que son la contraparte de los derechos por lo que tantos han luchado.
Es por ello que la Universidad Nacional Autónoma de México y la World Future Society Capítulo Mexicano A.C. han convocado a académicos, intelectuales, y pensadores de varias partes del mundo, a un encuentro que pretende establecer ideas concretas, que den forma a una Carta de las obligaciones del ser humano, carta que posteriormente presentaremos ante la Organización de las Naciones Unidas.
Acompaña esta iniciativa, como institución asociada, La Fundación José Saramago, pues fue el ilustre escritor portugués, quien, en su discurso de recepción del Premio Nobel de Literatura en 1998, expresó por primera vez la necesidad de establecer esas obligaciones a la que hombres y mujeres de todos los países deben atenerse.
De igual manera, El Consejo Coordinador Empresarial de México, ha sumado sus esfuerzos, y es consciente de que es responsabilidad de la iniciativa privada colaborar para lograr un mundo mejor.
Derivado de la entusiasta respuesta que hemos recibido de quienes asistirán al encuentro, estamos seguros de que tendremos un coloquio relevante, del que saldrá un documento definitivo."
"CARTA DE LAS OBLIGACIONES DEL SER HUMANO (Por Pilar del Río)"
Dia 24/06 - 9h40m/10h30m (Hora Local)
"Antes de morir, José Saramago concibió la idea de conjuntar a un grupo de sabios –intelectuales, científico, humanistas, académicos— que pudieran sentar las bases para una carta que plasmara la responsabilidad que tiene cada ser humano en el desarrollo de su entorno. Hasta el día de hoy, todo mundo habla de los derechos de los seres los humanos independientemente de su condición, y así, se han publicado diversos documentos que proponen derechos para niños, mujeres o grupos homosexuales. Sin embargo, poco se habla de las obligaciones y los deberes que tienen los seres humanos con la sociedad, con el planeta, con los animales, etc. Este encuentro retoma la idea original de José Saramago, y Pilar del Río, quien fue su esposa, nos explica su propósito."
Pilar del Río, no passado dia 18 de Junho, data que assinalou os cinco anos da morte de José Saramago, elaborou o artigo de opinião que o jornal "Folha de São Paulo" - Brasil
Pode ser consultado e lido aqui,
em http://app.folha.uol.com.br/site/noticia/564253
"Reivindicar os nossos deveres"
"Foi-nos proposta uma Declaração Universal de Direitos Humanos, e com isso julgámos ter tudo, sem repararmos que nenhuns direitos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes correspondem, o primeiro dos quais será exigir que esses direitos sejam não só reconhecidos, mas também respeitados e satisfeitos", disse José Saramago no banquete de recepção do Prêmio Nobel de Literatura, em 10 de dezembro de 1998, em Estocolmo.
Era para ser apenas um brinde, mas o escritor português preferiu usar a palavra para lançar um desafio no dia em que se completavam os 50 anos da promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos: e se começássemos a exigir que se respeitem, também, os deveres humanos?
José Saramago morreu em 18 de junho de 2010, aos 87 anos, combativo e lúcido como poucos. Até os últimos dias de vida escreveu. Esteve às voltas com a história de um empregado de uma fábrica de armas, um sujeito pacato e apagado, que nunca disparou uma arma, que vive entre papéis e carimbos, e que de repente vê-se diante da possibilidade (ou seria do dever?) de insurgir-se, de levantar-se, de dizer não.
Em "Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas", livro publicado postumamente, o autor que já havia feito com que, a partir de uma cegueira branca, enxergássemos e reparássemos no próximo, desta vez assalta a consciência dos leitores com a possibilidade de construção de um futuro distinto edificado sobre um não.
"Chega sempre um momento na nossa vida em que é necessário dizer não. O não é a única coisa efectivamente transformadora, que nega o status quo. Aquilo que é tende sempre a instalar-se, a beneficiar injustamente de um estatuto de autoridade. É o momento em que é necessário dizer não", declarou em entrevista a esta Folha em 1991.
Na Suécia, na mesma ocasião em que recebeu o Prêmio Nobel, Saramago pediu aos cidadãos comuns, grupo no qual se incluiu, que tomassem a palavra e a iniciativa. "Com a mesma veemência e a mesma força com que reivindicarmos os nossos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa começar a tornar-se um pouco melhor."
Mais de 15 anos depois desse chamamento, a Fundação José Saramago, em parceria com a UNAM (Universidade Autónoma do México) e com a World Future Society, entidade que reúne especialistas em prospectar as tendências da economia e da sociedade para o futuro, convoca um encontro na capital mexicana com o intuito de dar corpo à ideia lançada pelo autor de "Ensaio sobre a Cegueira".
Entre 24 e 25 de junho meia centena de académicos, intelectuais e pensadores de várias nacionalidades estarão reunidos na Cidade do México com o objetivo de criar uma proposta de Carta dos Deveres Humanos a ser encaminhada à ONU (Organização das Nações Unidas).
Ratificada há quase 70 anos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos está longe de ser uma realidade para muitos habitantes deste nosso planeta, infelizmente. Dizia José Saramago que quem efetivamente governa o mundo são as empresas "multinacionais e pluricontinentais", e o fazem a partir de um poder tirânico que reduziu "a uma casca sem conteúdo" o que ainda havia do ideal de democracia.
Mas se é certo que os governos e as grandes corporações não respeitam os direitos básicos dos cidadãos, nós também não estamos a cumprir com o dever de cidadão que somos, acrescentou.
Com esperança de que a elaboração de um documento que estabeleça obrigações significará, ao mesmo tempo, o fortalecimento da proteção dos direitos humanos é que estaremos reunidos com a sociedade civil na Cidade do México nos próximos dias.
Dizer não, mais do que um direito, é nos dias de hoje também um dever. Sobre isso escreveu José Saramago. Sobre isso falaremos na capital mexicana, deixando neste espaço também um apelo ao debate e à discussão de propostas.
PILAR DEL RÍO, 50, tradutora e jornalista, é presidente da Fundação José Saramago"
Pilar del Río, no passado dia 18 de Junho, data que assinalou os cinco anos da morte de José Saramago, elaborou o artigo de opinião que o jornal "Folha de São Paulo" - Brasil
Pode ser consultado e lido aqui,
em http://app.folha.uol.com.br/site/noticia/564253
"Reivindicar os nossos deveres"
"Foi-nos proposta uma Declaração Universal de Direitos Humanos, e com isso julgámos ter tudo, sem repararmos que nenhuns direitos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes correspondem, o primeiro dos quais será exigir que esses direitos sejam não só reconhecidos, mas também respeitados e satisfeitos", disse José Saramago no banquete de recepção do Prêmio Nobel de Literatura, em 10 de dezembro de 1998, em Estocolmo.
Era para ser apenas um brinde, mas o escritor português preferiu usar a palavra para lançar um desafio no dia em que se completavam os 50 anos da promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos: e se começássemos a exigir que se respeitem, também, os deveres humanos?
José Saramago morreu em 18 de junho de 2010, aos 87 anos, combativo e lúcido como poucos. Até os últimos dias de vida escreveu. Esteve às voltas com a história de um empregado de uma fábrica de armas, um sujeito pacato e apagado, que nunca disparou uma arma, que vive entre papéis e carimbos, e que de repente vê-se diante da possibilidade (ou seria do dever?) de insurgir-se, de levantar-se, de dizer não.
Em "Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas", livro publicado postumamente, o autor que já havia feito com que, a partir de uma cegueira branca, enxergássemos e reparássemos no próximo, desta vez assalta a consciência dos leitores com a possibilidade de construção de um futuro distinto edificado sobre um não.
"Chega sempre um momento na nossa vida em que é necessário dizer não. O não é a única coisa efectivamente transformadora, que nega o status quo. Aquilo que é tende sempre a instalar-se, a beneficiar injustamente de um estatuto de autoridade. É o momento em que é necessário dizer não", declarou em entrevista a esta Folha em 1991.
Na Suécia, na mesma ocasião em que recebeu o Prêmio Nobel, Saramago pediu aos cidadãos comuns, grupo no qual se incluiu, que tomassem a palavra e a iniciativa. "Com a mesma veemência e a mesma força com que reivindicarmos os nossos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa começar a tornar-se um pouco melhor."
Mais de 15 anos depois desse chamamento, a Fundação José Saramago, em parceria com a UNAM (Universidade Autónoma do México) e com a World Future Society, entidade que reúne especialistas em prospectar as tendências da economia e da sociedade para o futuro, convoca um encontro na capital mexicana com o intuito de dar corpo à ideia lançada pelo autor de "Ensaio sobre a Cegueira".
Entre 24 e 25 de junho meia centena de académicos, intelectuais e pensadores de várias nacionalidades estarão reunidos na Cidade do México com o objetivo de criar uma proposta de Carta dos Deveres Humanos a ser encaminhada à ONU (Organização das Nações Unidas).
Ratificada há quase 70 anos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos está longe de ser uma realidade para muitos habitantes deste nosso planeta, infelizmente. Dizia José Saramago que quem efetivamente governa o mundo são as empresas "multinacionais e pluricontinentais", e o fazem a partir de um poder tirânico que reduziu "a uma casca sem conteúdo" o que ainda havia do ideal de democracia.
Mas se é certo que os governos e as grandes corporações não respeitam os direitos básicos dos cidadãos, nós também não estamos a cumprir com o dever de cidadão que somos, acrescentou.
Com esperança de que a elaboração de um documento que estabeleça obrigações significará, ao mesmo tempo, o fortalecimento da proteção dos direitos humanos é que estaremos reunidos com a sociedade civil na Cidade do México nos próximos dias.
Dizer não, mais do que um direito, é nos dias de hoje também um dever. Sobre isso escreveu José Saramago. Sobre isso falaremos na capital mexicana, deixando neste espaço também um apelo ao debate e à discussão de propostas.
PILAR DEL RÍO, 50, tradutora e jornalista, é presidente da Fundação José Saramago"