Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

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Blimunda - Revista Digital - edição #41 Outubro de 2015

(Capa da actual edição - #41 - Outubro 2015)

Pode ser descarregada e consultada, aqui 
via página da Fundação José Saramago,
em http://www.josesaramago.org/blimunda-41-outubro-2015/

Sinopse da edição
"Com quantos livros se faz um livro? Poderia ser essa a pergunta sobre a obra de Alberto Manguel, escritor argentino que fez da leitura e da reflexão sobre os livros a sua marca. Neste mês de Outubro o autor de Uma História da Curiosidade esteve em Lisboa e conversou com a Blimunda sobre os caminhos labirínticos da literatura.

Se os livros nos ajudam a perder e encontrar, as cartas podem ajudar a contar a história de um país. É o que o projeto Correio IMS, do Instituto Moreira Salles, pretende provar. Com mais de uma centena de documentos escritos por personalidades da cultura e da política brasileira, a plataforma oferece qualidade literária e também um panorama histórico. A Blimunda mergulhou nesse material e traz aos leitores uma breve mostra do que é oferecido pelo Instituto Moreira Salles.

Alguns dias depois da morte de Vitor Silva Tavares, a Blimunda republica uma entrevista com o fundador da &Etc, publicada no primeiro número do jornal da Oficina do Cego, a quem agradecemos a disponibilidade.

Há 150 anos Lewis Carroll escreveu As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, livro infinito e constantemente reinterpretado. A secção Infantil e Juvenil da Blimunda debruça-se sobre esta obra. Além de acompanhar um congresso realizado na Biblioteca Nacional a publicação revisita a exposição «Um chá para Alice» realizada em Oxford em 2012 e mais tarde em Lisboa.

A Saramaguiana dá espaço a um discurso proferido por José Saramago em 1986 na cerimónia de entrega do Prémio Dom Dinis. “Um país pode ser pobre, e é isso que somos, mas não terá de ser fatalmente mesquinho, e é isso que temos sido”, disse o escritor há quase 30 anos. Podia ter sido dito ontem.

Aqui está a Blimunda número 41. Boas leituras."