Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

sábado, 16 de abril de 2016

Edição comemorativa do 20.º aniversário do "Memorial do Convento" - Editorial Caminho, 2002 (Ilustrações de José Santa-Bárbara)


"Memorial do Convento" - Editorial Caminho, 2002 
Edição especial comemorativa do vigésimo aniversário da sua primeira edição, em Outubro de 1982. 
Ilustrada com pinturas de José Santa-Bárbara que se incluem no ciclo «Vontades. Uma leitura de Memorial do Convento».

"Sobre os jornais e redacções" Pequeno extracto da entrevista de Fernando Dacosta a José Saramago (18/01/1983 JL - Jornal de Letras)



"Quando andei por [os jornais], mesmo antes de trabalhar dentro das redações, exprimia já as mesmas ideias que exprimo hoje. De uma maneira geral a literatura que hoje faço continua ligada a esse tipo de textos. Às vezes, confesso, vem-me a saudade dos jornais… Não sou um caso único, penso que qualquer um que passou por eles há de lembrar-se até ao fim, há de sentir essa espécie de apelo, essa voz que chama de longe, essa sensação de estar metido dentro das coisas, que a literatura de um modo geral não dá."
Fernando Dacosta entrevista José Saramago (Jornal de Letras #50 - 18/01/1983)
"Escrever é fazer recuar a morte, é dilatar o espaço da vida”

Espectáculo "Quem quer ser Saramago?" na Biblioteca de Loulé (dia 22/04 - assinalar o dia do livro)

A presente informação pode ser recuperada e consultada, via "Sul Informação" aqui 

"A Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen, em Loulé, vai associar-se às comemorações do Dia Mundial do Livro – 23 de abril – com três espetáculos, inspirados em Fernando Pessoa e José Saramago, destinados principalmente ao público infanto-juvenil."

Imagem de cena protagonizado pela Andante Associação Artística

Página do Facebook da companhia "Andante Associação Artística, aqui em https://www.facebook.com/andante.associacao.artistica/?fref=ts

Página do Facebook da companhia "Andante Associação Artística, aqui 

"Na sexta-feira, dia 22, das 10h30 às 11h30, e no sábado, dia 23, às 10h30, a Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen recebe o espetáculo “Afinal o Caracol”, protagonizado por Cristina Paiva. No dia 22, a sessão destina-se às crianças dos 3 aos 5 anos dos jardins-de-infância, enquanto que no sábado o espetáculo tem como público-alvo crianças dos 6 meses aos 3 anos.

Neste espetáculo, «uma atriz e um livro contam a história de um caracol, das cócegas que ele fazia, de como virava e girava, e de como acabou por não cair».

A partir de alguns poemas de Fernando Pessoa, «um espetáculo que de uma forma simples, evidencia e partilha o prazer da leitura com as crianças», explica a Câmara de Loulé.

Cada sessão tem uma duração aproximada de 25 minutos, sendo que as inscrições devem ser feitas através do email biblioteca@cm-loule.pt.

Já no dia 22 de abril, às 21h30 é apresentado “Quem quer ser Saramago?”, com Rui Paulo, Cristina Paiva e Fernando Ladeira. Esta é, segundo a Câmara de Loulé, «uma viagem contra a crueldade, a humilhação e a mentira, guiada pela “Voz” e pela obra do único Nobel da língua portuguesa, com destino a um mundo mais digno, justo e verdadeiro. Esta peça tem a duração de 60 minutos.

Os espetáculos são promovidos pela Andante Associação Artística"

Exposição da artista plástica Lena Gal "Mulheres de Saramago" até dia 19/04 - Espaço Arte Publicações Europa-América


"Mulheres de Saramago"

"A exposição é uma revisão de Lena Gal sobre um conjunto de telas apresentado nos Açores em 2014. A artista plástica visita uma das figurações mais recorrentes na literatura saramaguiana - a mulher - e lê pelo traço característico da sua pintura as imagens aí sugeridas. O evento terá abertura no dia 05 de abril de 2016 às 18h no Espaço Arte (Av. Marquês de Tomar, 18, Lisboa) com performance de Dolores Matos e encerra no mesmo horário do dia 19 de abril com conversa entre Lena Gal e Rita Pais"


Página do Facebook da artista plástica Lena Gal, aqui


Site da livraria que recebe a exposição, aqui



 Algumas obras em exposição

Fotografias: Helena Mesquita