Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quarta-feira, 27 de julho de 2016

"A Viagem do Elefante" ACERT Tondela e Luis Pastor (2013)

"A Viagem do Elefante" espectáculo produzido e encenado pela ACERT Tondela ( http://www.acert.pt/aviagemdoelefante/ ) e direcção musical de Luis Pastor.

Aqui se recuperam imagens do espectáculo ocorrido neste dia em 2013, 
em Sortelha (Castelo da Sortelha - Largo do Corro)

Fotografias de Ricardo Chaves

Dados recolhidos e consultados aqui, 


"A companhia Trigo Limpo Teatro ACERT construiu um paquiderme, lançou-se à adaptação do texto, encomendou música a Luís Pastor (as letras são poemas de Saramago) e concebeu um espectáculo que promete envolver as comunidades que fazem parte da rota de Salomão."


"Ver o Elefante [espetáculo] tem que ser um acontecimento das vidas das pessoas, como no conto o foi para os aldeãos que saíam no caminho", transmitiu à companhia Pilar del Río, companheira de Saramago e presidente da fundação com o nome do Nobel da Literatura. "Espero que nossos antepassados não tenham sido mais activos, curiosos e generosos que nós próprios."


"Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam", lê-se no livro "A Viagem do Elefante", em que José Saramago se deteve, com as devidas liberdades criativas, sobre um episódio histórico fora do comum. Em 1951, D. João III ofereceu um elefante ao arquiduque Maximiliano da Áustria, ansioso pelo impacto que o animal causaria num Europa que nunca vira tal coisa. Entre situações mais ou menos caricatas, Salomão, o tratador e a comitiva lá foram percorrendo os caminhos entre Portugal e Viena, passando por Espanha, por Itália e pelos Alpes."


Programação e mais informações, aqui




Nova edição da obra "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" - Porto Editora

Detalhe da capa da obra, com caligrafia do fotógrafo Sebastião Salgado


Obra lançada em 1991 e que aqui é brevemente retratada através da sinopse constante na página da Fundação José Saramago.

«É a obra mais polémica de José Saramago e aquela que, indirectamente, o levou a sair de Portugal e a refugiar-se na ilha espanhola de Lanzarote. Ficou para a história o desentendimento com o então subsecretário de estado da Cultura Sousa Lara, que considerou o livro ofensivo para a tradição católica portuguesa e o retirou da lista do Prémio Europeu de Literatura. Com um José destroçado por ter fugido e deixado as crianças de Belém nas mãos dos assassinos de Herodes; com uma Maria dobrada e descrita, logo no início do livro, em pleno acto de conhecer homem; com um Jesus temeroso, um Judas generoso, uma Madalena voluptuosa, um Deus vingativo e um Diabo simpático, não era de esperar outra reacção das almas mais sensíveis e mais devotas do catolicismo português. E verdadeiramente viperinas são as várias páginas onde o escritor português se entretém a descrever minuciosamente os nomes e a forma como morreram os mártires dos primeiros séculos do cristianismo. Assim se escreveram os heréticos Evangelhos segundo Saramago, para irritação de muitos e prazer de alguns. Como convém.» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)
«Já que muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram, como no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e se tornaram servidores da palavra, resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem, expor-tos por escrito e pela sua ordem, ilustre Teófilo, afim de que reconheças a solidez da doutrina em que foste instruído.» (Lucas, 1, 1-4)

"Contra a cegueira social, a I Cátedra Internacional José Saramago" - Via Universidade de Vigo

"Contra a cegueira social, a I Cátedra Internacional José Saramago"


Artigo publicado por Rosa Tedín, através do site da Universidade de Vigo, em https://uvigo.gal/ e que aqui recuperamos a presente informação da implementação da Cátedra
Aqui em http://duvi.uvigo.es/index.php?option=com_content&task=view&id=11690&Itemid=39

"Este martes presentouse a iniciativa que pretende difundir a obra e pensamento do escritor luso.
Entre as primeiras actividades estarán a posta en marcha en novembro dunhas xornadas anuais."


“A I Cátedra Internacional José Saramago pretende crear pensamento e levar á sociedade en xeral, portuguesa, galega e internacional, a discusión en temas esenciais e de afondamento no debate en torno aos grandes problemas nacionais e universais. Pretende contribuír ao desenvolvemento, para o fornecemento da cohesión social e para a xustiza, e para iso, fundaméntase na obra, na vida e no pensamento de José Saramago”. Con estes obxectivos, recollidos nos seus estatutos, presentouse este martes na Universidade de Vigo a I Cátedra Internacional José Saramago. En tempos de recortes en humanidades, Pilar del Río, presidenta da Fundación José Saramago e viúva do escritor, salientou como é o momento de “loitar contra a indiferenza, o medo e a resignación”, tres vectores que Saramago identificou como característicos do noso tempo, “desde a cultura e desde a universidade”.

Pór en valor o pensamento de Saramago, pór en valor o humanismo
A cátedra foi presentada por representantes das institucións que son membros fundadores, a Universidade de Vigo e a Fundación José Saramago, e membros honoríficos, o Camões (Instituto da Cooperação e da Língua) e a Fundação Eng.º António de Almeida. A iniciativa, explicaron os seus promotores, bota a andar despois de que en 2014 xurdise a idea no seo do Grupo de Análise e Estudos da Literatura e da Tradutoloxía da Universidade de Vigo e trala sinatura o pasado ano dun convenio entre as entidades fundadoras. “A creación desta cátedra non puido acaer nun momento histórico máis oportuno”, recalcou o docente da Universidade de Vigo Burghard Baltrusch, presidente da cátedra, salientando como se vén de celebrar o Día de Galicia e como este ano se conmemora o centenario das Irmandades da Fala. Lembrando a relación de Saramago con Galicia, a través da súa obra e en visitas ao longo da súa vida, Baltrusch subliñou como “todos e todas gañamos con esta cátedra”, tanto Saramago como Galicia, España e o mundo lusófono. 

A cátedra, recalcou Salustiano Mato, reitor da Universidade de Vigo, permitirá “pór en valor a obra e o pensamento deste autor” co obxectivo de “intentar recuperar o humanismo nas persoas” e ante a convicción de que “só ese humanismo nos permitirá ter futuro”. A cátedra nace na Universidade de Vigo, apuntou o reitor, aproveitando o papel de Vigo como punto de encontro e “lugar de maridaxe do mundo lusófono”. Neste senso, Pilar del Río sinalou como se aledaba de que fose “unha universidade nova”, como a Universidade de Vigo, a que puxese en marcha esta cátedra, “xa que son os novos os que son donos do presente e do futuro”.


A iniciativa, destacou pola súa banda Fernando Aguiar-Branco, presidente da Fundação Eng.º António de Almeida, permitirá “perdurar e divulgar a valía cultural e humanística de Saramago”. A cátedra, recalcou Filipa Soares, coordinadora para España do Ensino de Portugués do Instituto Camões, non só dará a coñecer a obra de José Saramago senón que levará a cabo un “traballo extenso” de divulgación e difusión da cultura portuguesa e do pensamento do escritor luso. Lembrando como o pensamento dos escritores é inmortal a través das súas publicacións, Soares subliñou como a obra de Saramago obriga aos lectores a saír da súa comodidade e a pensar permanentemente na súa identidade. 

Primeiras accións
A presentación da cátedra realizouse despois dunha asemblea dos membros da cátedra na que se presentou a composición do seu primeiro comité executivo e o seu plan de acción para o segundo semestre do ano. Deste xeito, o comité executivo estará presidido por Burghard Baltrusch. Camiño Noia será a vicepresidenta e completarán o equipo Carlos Nogueira e Regina Carreira. Segundo explicou o presidente deste órgano, entre as primeiras accións da cátedra estarán a posta en marcha dunha base de datos de literatura crítica sobre a obra de Saramago, que completará e ampliará á realizada pola fundación dedicada ao Premio Nobel. 

Outras das actividades prevista é a realización a principios de outubro dunha presentación da cátedra na Casa da Música, en Porto, coincidindo coa organización dun coloquio sobre Valter Hugo Mãe, gañador do Premio Saramago 2007. “As actuacións non se limitarán á obra do homenaxeado senón tamén á literatura actual”, recalcou Baltrusch. Por último, tendo en conta a data de nacemento de Saramago, o presidente da cátedra subliñou como en novembro se porán en marcha na Facultade de Filoloxía e Tradución da Universidade de Vigo unhas xornadas sobre o escritor luso que terán un carácter anual e nas que se buscará a implicación na organización e nos contidos non só dos docentes do centro senón tamén do alumnado. Como mostra desde desexo de implicar aos universitarios, o acto de presentación da I Cátedra Internacional José Saramago rematou coa lectura a cargo de dúas estudantes do centro de varios textos do escritor homenaxeado. 

Estas serán as primeiras accións dunha cátedra que se constitúe como un espazo para a reflexión, o diálogo e a toma conxunta de acordos, co obxectivo de promover a cooperación científica, lingüística, educativa e cultural ao redor desta figura das letras universais e a través da investigación, da docencia e da divulgación social da súa obra e produción humanística. Entre os obxectivos desta iniciativa estarán o desenvolvemento de proxectos de divulgación social e de transferencia do coñecemento; a organización e a realización de todo tipo de actividades de divulgación e/ou difusión e promoción da figura e da obra de José Saramago, tales como cursos, conferencias, simposios ou seminarios; o apoio a docentes, investigadores e estudantes; o intercambio de publicacións, traballos de investigación e de calquera tipo de materiais académicos que resulten de interese en todo tipo de proxectos culturais e literarios; e a mobilidade de estudantes e de persoal docente e investigador."

A Universidade de Vigo crea a I Cátedra Internacional José Saramago - Notícia via "Sermos Galiza"

Pilar del Río e restante equipa na apresentação da I Cátedra - Foto: DUVI

Notícia via "Sermos Galiza", e pode ser recuperada e consultada aqui
em, http://www.sermosgaliza.gal/articulo/cultura/universidade-vigo-crea-i-catedra-internacional-jose-saramago/20160726201322049845.html

"A institución académica vén de crear esta cátedra que pretende difundir a obra e pensamento do escritor luso. En novembro poñerán en marcha unhas xornadas anuais.

“A I Cátedra Internacional José Saramago pretende crear pensamento e levar á sociedade en xeral, portuguesa, galega e internacional, a discusión en temas esenciais e de afondamento no debate en torno aos grandes problemas nacionais e universais. Pretende contribuír ao desenvolvemento, para o fornecemento da cohesión social e para a xustiza, e para iso, fundaméntase na obra, na vida e no pensamento de José Saramago”. Con estes obxectivos, recollidos nos seus estatutos, presentouse este martes na Universidade de Vigo a I Cátedra Internacional José Saramago. 

A cátedra foi presentada por representantes das institucións que son membros fundadores, a Universidade de Vigo e a Fundación José Saramago, e membros honoríficos, o Camões (Instituto da Cooperação e da Língua) e a Fundação Eng.º António de Almeida. A iniciativa, explicaron os seus promotores, bota a andar despois de que en 2014 xurdise a idea no seo do Grupo de Análise e Estudos da Literatura e da Tradutoloxía da Universidade de Vigo e trala sinatura o pasado ano dun convenio entre as entidades fundadoras. “A creación desta cátedra non puido acaer nun momento histórico máis oportuno”, recalcou o docente da Universidade de Vigo Burghard Baltrusch, presidente da cátedra, salientando como se vén de celebrar o Día Nacional e como este ano se conmemora o centenario das Irmandades da Fala. Lembrando a relación de Saramago con Galiza, a través da súa obra e en visitas ao longo da súa vida, Baltrusch subliñou como “todos e todas gañamos con esta cátedra”, tanto Saramago como Galiza e o mundo lusófono. 

A cátedra, recalcou o reitor, Salustiano Mato, permitirá “pór en valor a obra e o pensamento deste autor” co obxectivo de “intentar recuperar o humanismo nas persoas” e ante a convicción de que “só ese humanismo nos permitirá ter futuro”. A cátedra nace na Universidade de Vigo aproveitando o papel de Vigo como punto de encontro e “lugar de maridaxe do mundo lusófono”. 

Neste senso, Pilar del Río, presidenta da Fundación Saramago e viúva do escritor sinalou como se aledaba de que fose “unha universidade nova”, como a Universidade de Vigo, a que puxese en marcha esta cátedra, “xa que son os novos os que son donos do presente e do futuro”. En tempos de recortes en humanidades, Pilar del Río salientou como é o momento de “loitar contra a indiferenza, o medo e a resignación”, tres vectores que Saramago identificou como característicos do noso tempo, “desde a cultura e desde a universidade”.

Primeiras accións

Entre as primeiras accións da cátedra estará a posta en marcha dunha base de datos de literatura crítica sobre a obra de Saramago, que completará e ampliará á realizada pola fundación dedicada ao Premio Nobel. E en novembro poranse en marcha na Facultade de Filoloxía e Tradución da Universidade de Vigo unhas xornadas sobre o escritor luso que terán un carácter anual e nas que se buscará a implicación na organización e nos contidos non só dos docentes do centro senón tamén do alumnado."