A concepção simultaneísta do tempo...
em "A Estátua e a Pedra"
Página 47, FJS
(...) «Uma ideia minha, que expresso de maneira nada científica, é que o tempo não é uma sucessão diacrónica, em que um acontecimento vem atrás do outro. O que acontece projecta-se numa imensa tela e tudo fica ao lado de tudo. Como se o homem de Cro-magnon estive colocado nessa tela ao lago do David de Miguel Ângelo. Para o autor não há passado nem futuro. O que vai ser já está a acontecer. Para este autor, ao escrever os livros, as coisas passam-se assim..»
Na visão de Fernando Gómez Aguillera, faz aqui um paralelo com Benedetto Croce.
«Com efeito para Saramago, tal como para Benedetto Crocce, «Toda a história é História contemporânea» e, partindo dessa orientação, alojou o romance na memória do passado: com o empenho de desentranhar a sua circunstância concreta.» (...)
Via Wikipédia, aqui em http://pt.wikipedia.org/wiki/Benedetto_Croce
"Benedetto Croce (Pescasseroli, 25 de fevereiro de 1866 - Nápoles, 20 de novembro de 1952) foi um historiador, escritor, filósofo e político italiano. Os seus escritos giram em torno de um largo espectro temático, sobretudo estética e teoria/filosofia da história. É considerado uma das personalidades mais importantes do liberalismo italiano no século XX."
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