... sobre os silêncios da natureza...
em "Viagem a Portugal"
Caminho, 11.ª edição, página 53 e 54
(Serra do Marão, ou a "Casa Grande")
(...) "Não há limites para o silêncio. Debaixo destas pedras, o viajante retira-se do mundo. Vai ali à Pré-História e volta já, cinco mil anos lá para trás, que homens terão levantado à força de braço esta pesadíssima laje, desbastada e aperfeiçoada como uma calote, e que falas se falaram deixado dela, que mortos aqui foram deitados. O viajante senta-se no chão arenoso, colhe entre dois dedos em tenro caule que nasceu junto de um esteio, e, curvando a cabeça, ouvem enfim o seu próprio coração. " (...)
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