Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Revista Blimunda #37 (Junho de 2015) com "Inédito: Notas para Ensaio sobre a Lucidez"

(Capa da edição n.º 37 - Junho 2015)

Pode ser consultada e lida, aqui
em http://blimunda.josesaramago.org/2015/06/18/blimunda-37-junho-de-2015/#more-251

Sinopse da edição:
"José Saramago tinha uma definição muito simples da morte, para ele morrer era não estar. Neste mês de junho completam-se cinco anos desde que lhe dissemos adeus. Mas continuamos a senti-lo tão próximo que, para nós, José Saramago ainda está. É a essa presença que este número da Blimunda dedica grande parte das suas páginas; não só para recordar José Saramago e falar da falta que nos faz, mas também com o intuito de contar como a sua obra continua a ser lida e reinterpretada. Entre os destaques do dossier estão as notas preparatórias para o Ensaio sobre a Lucidez, nunca antes publicadas, os textos do professor Carlos Reis e do jornalista Fernando Berlín, além de depoimentos de vários dos tradutores que trabalharam sobre os textos de José Saramago.

Para além destas páginas, a Blimunda de junho traz, para além das suas secções habituais, uma reportagem sobre o Festival Literário da Gardunha e um relato sobre um projeto que coloca crianças a fazer os seus próprios livros infantis.

Passados cinco anos da morte de José Saramago entregamos aos leitores, neste número do seu terceiro aniversário, uma Blimunda feita de saudade mas também de alegria. José Saramago está, e estando o nosso trabalho continua a fazer sentido."

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