Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Revista Blimunda - Edição #42 Novembro 2015

(capa da edição #42 - Novembro 2015)


Pode ser descarregada gratuitamente, não só a presente edição, como as anteriores, aqui

Sinopse da edição
«Foi em Novembro de 1995, há 20 anos, que foi publicado o Ensaio sobre a Cegueira, romance que José Saramago definiu como “um livro indignado” e que inaugurou uma nova fase na sua criação literária. A Blimunda deste mês dedica várias páginas a esse livro cruel e duro, “francamente terrível”, nas palavras do seu autor, mas portador também de beleza e alguma tímida esperança. As fotos que ilustram a secção Saramaguiana, dedicada ao Ensaio, são de Alexandre Ermel e foram captadas durante a rodagem do filme Blindness, de Fernando Meirelles.

Com As Primeiras Coisas, Bruno Vieira Amaral recebeu vários prémios, entre eles o José Saramago/Fundação Círculo de Leitores – atribuído em outubro passado. Alguns dias depois do anúncio da distinção, a Blimunda apanhou o barco até ao Barreiro para uma conversa com o escritor sobre a Vila Amélia (bairro ficcional criado pelo escritor), o ofício de escrever e as expectativas e projetos para o futuro.

Na secção de Cinema o assunto é a Ficção Científica (FC) e o seu potencial para antecipar ou prever o futuro. João Monteiro analisa o género, desde as primeiras produções até ao momento atual.

Aos 73 anos, muitos deles dedicados aos livros, a colombiana Sílvia Castrillón visitou Portugal pela primeira vez. Veio para participar no Folio (Festival Literário de Óbidos) e aproveitou para passar uns dias em Lisboa, cidade que “conhecia” através do livros de António Tabucchi. Nesta passagem pela capital portuguesa, a escritora, editora e bibliotecária foi entrevistada por Andreia Brites.

Boas leituras e até Dezembro!»

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