Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Exposição “Lanzarote: A Janela de Saramago” de João Francisco Vilhena de 25/04 a 09/07

(Fotografia de João Francisco Vilhena)

Contactos e Localização
Rua Lançarote de Freitas, n.º 7 - 8600-605 Lagos
T. + 351 282 770 450
centro.cultural@cm-lagos.pt - exposicoes.ccl@cm-lagos.pt

Mais informação através do site do Centro Cultural de Lagos, aqui 

Sinopse da exposição
“Lanzarote: a janela de Saramago” é uma exposição fotográfica de João Francisco Vilhena sobre a relação entre o Nobel da Literatura falecido em 2010 e a ilha que escolheu para viver. “Lanzarote, a janela de Saramago” é um diário/caderno de notas sobre o olhar sensorial e apaixonado do escritor, visto e filtrado pelo olhar de um fotógrafo que em 1998 esteve em Lanzarote para o retratar, e que 15 anos depois regressa para capturar novas imagens e tentar captar o que aquela terra, no meio do oceano, representou para o único prémio Nobel de Literatura da língua portuguesa.
A tranquilidade, refletida nas palavras, a influência da paisagem, a luz e as nuvens, o mar e o silêncio, a temperatura das cores, tudo isso influenciou a escrita e a vida de Saramago em Lanzarote, como ele mesmo reconheceu. Através das suas fotos João Vilhena procura retratar Lanzarote como uma janela aberta por Saramago, e que ao mesmo tempo abriu-se ao escritor. O lugar e sua paisagem como símbolo de uma nova fase; uma nova literatura, uma nova vida, um momento diferente de criação e do homem.

João Francisco Vilhena nasceu em Lisboa em 1965. Trabalhou como fotojornalista e colaborou com diversos jornais e revistas, em Portugal e no estrangeiro, tais como a Revista Ler, Elle, Máxima, Marie Claire, Oceanos, Visão, Grande Reportagem,Colóquio-Letras, Der Spiegel, Le Monde e o suplemento cultural DNA. Foi editor fotográfico do semanário O Independente e do semanário Sol, e diretor de arte da Tabacaria, a revista literária da Casa Fernando Pessoa. Tem realizado diversas exposições em Portugal e no estrangeiro. Assinou vários livros em coautoria e tem participado nos júris de diversos prémios de fotografia."


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