Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Apresentação de «O Lagarto», de José Saramago e J. Borges – 22/09, no Festival Literário de Óbidos

A presente informação foi publicada pela Fundação José Saramago, e pode ser recuperada, aqui

Na quinta-feira (22), pelas 18h30, no âmbito do FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos, será apresentado «O Lagarto», livro publicado pela Porto Editora e que une as palavras de José Saramago com o traço do artista popular brasileiro J. Borges.



"A sessão, que acontece no Museu Abílio, em Óbidos, contará com a presença de Pilar del Río, presidenta da Fundação José Saramago, Alejandro García Schnetzer, editor independente que concebeu o projeto, e Manuel Alberto Valente, editor responsável pela obra de José Saramago na Porto Editora. Pelas 17h45, o trio de música nordestina “Só Lapada” recepcionará os convidados à entrada da vila de Óbidos.

Também será inaugurada uma exposição com as xilogravuras feitas especialmente para o livro. A entrada é livre, sujeita à lotação da sala. Para ver o programa completo do FOLIO aceda: www.foliofestival.com/ "



"O Lagarto é um conto breve incluído em A Bagagem do Viajante (1973), volume que reuniu as crónicas escritas por José Saramago para o diário A Capital e para o semanário Jornal do Fundão. A história narra o aparecimento, no Chiado, de um misterioso lagarto, cuja presença surpreende os transeuntes e mobiliza os bombeiros, o exército e a aviação.

Quem é J.Borges:

Nasceu em Bezerros (Pernambuco, Brasil) no ano de 1935. Aos 20 anos começou a vender cordéis nas feiras. Em 1964 assinou o seu primeiro trabalho autoral. Tornou-se gravurista para ilustrar os cordéis que produzia. Durante a vida escreveu algumas centenas de cordéis. Ilustrou o livro As palavras Andantes, de Eduardo Galeano, e expôs o seu trabalho em vários lugares do mundo, entre eles EUA, Suíça, França, Alemanha, Venezuela, Itália e Cuba. Em 2006 recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, outorgado pelo Governo do Estado. Atualmente vive na sua cidade natal, num local que foi transformado num espaço artístico, o Memorial J.Borges, onde ensina a arte da xilogravura aos mais novos."

* Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco


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