"Penso que há mais relação com a música dentro de uma obra do que aquilo que tem a ver com as referências explícitas à música. Quando, por exemplo, numa frase que acabo de escrever e em que já disse tudo o que tinha para dizer, eu sinto que me falta qualquer coisa, em termos de compasso musical. E pode acontecer que eu acrescente mais duas palavrinhas ou três, que não fazem falta nenhuma. Não fazem falta ao sentido, mas o tempo do compasso não pode ficar no ar."
“Provavelmente já chegou o dia em que não terei nada mais a dizer”,
Público (Suplemento Mil Folhas),
Lisboa, 12 de novembro de 2005 [Entrevista a Adelino Gomes].
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