Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

6 de Janeiro de 1995 - "Cadernos de Lanzarote III"

"A sugestão que fiz em Lisboa, de que o Prémio Stendhal, para melhor justificar o nome que tem, passasse a interessar-se também pelas questões culturais (...) Do que se vai tratar, informa-me agora Dorio Mutti, presidente da Fundação Adelphi, organizadora do Prémio Stendhal, é de analisar os projectos culturais (...) já em curso na Europa, após o que serão propostos ao júri três ou quatro finalistas. É alguma coisa, mas não alcança os objectivos da sugestão que apresentei: trazer ao conhecimento e ao debato públicos os problemas culturais resultantes da integração europeia."

#DiáriosDeSaramago
#ContinuarSaramago



Sem comentários:

Enviar um comentário