Carmélia Âmbar, amiga de José Saramago aborda o Prémio Nobel
"Uma Longa Viagem com José Saramago"
João Céu e Silva
Porto Editora, pág. 38
(...) «Foi um conto de fadas lindíssimo, extraordinariamente bonito e de uma simplicidade e naturalidade superiores. Assim como um momento de encantamento que nem parece ser real, com emoções enormes, de admiração e respeito. E eu via-o tão sereno e tranquilo como se fosse a coisa mais natural da sua vida - quando ele me pediu ajuda para pôr todas aquelas medalhas eu estava mais nervosa do que ele - embora estivesse sempre com aquele ar refilão a dizer 'Que coisa eu não nasci para isto' e o Zeferino, radiante, de casaca, que nele é uma coisa rara, respondia-lhe 'pois, eu, para isto é que nasci'. E depois o discurso... ninguém esperava porque os prémios Nobel não fazem um discurso daqueles! Isso é que lhe dá a aura que tem hoje em dia». (...)
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