Saramago questionava como motivo para esta obra, que ficando inacabada, é completa.
"Entrevista de João Fernando Ramos a Pilar del Río no “Página 2”, da RTP2.
10-11-2014
Sinopse de “Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas”
Aquando do seu falecimento, em 2010, José Saramago deixou escritas trinta páginas daquele que seria o seu próximo romance; trinta páginas onde estava já esboçado o fio argumental, perfilados os dois protagonistas e, sobretudo, colocadas as perguntas que interessavam à sua permanente e comprometida vocação de agitar consciências.
Saramago escreve a história de Artur Paz Semedo, um homem fascinado por peças de artilharia, empregado numa fábrica de armamento, que leva a cabo uma investigação na sua própria empresa, incitado pela ex-mulher, uma mulher com carácter, pacifista e inteligente. A evolução do pensamento do protagonista permite-nos refletir sobre o lado mais sujo da política internacional, um mundo de interesses ocultos que subjaz à maior parte dos conflitos bélicos do século xx.
Dois outros textos - de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Saviano - situam e comentam as últimas palavras do Prémio Nobel português, cuja força as ilustrações de um outro Nobel, Günter Grass, sublinham."
"Porquê, nunca houve uma greve numa fábrica de armas?"
Via Fundação José Saramago,
Aqui em http://www.josesaramago.org/romance-inacabado-de-jose-saramago-sera-publicado-em-outubro/
"Romance inacabado de José Saramago será publicado em Outubro
“Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas”, o romance inacabado de José Saramago, será publicado em outubro, anunciou a revista Blimunda # 26 no seu editorial.
A publicação do texto “será mais uma forma de repúdio à violência”, escreveu Pilar del Río, presidenta da Fundação José Saramago, no editorial da revista que desde ontem (dia 23) está disponível em formato digital. “São poucos capítulos, mas o tema fica claro, o texto tem unidade”, explica a tradutora espanhola.
Acompanham os primeiros capítulos do romance as notas do autor, feitas quando começou a escrevê-lo. Nelas, José Saramago antecipa o andamento e o desenlace da história que pretendia contar.
Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas, título emprestado de um verso do poeta Gil Vicente, tem como protagonista o funcionário de uma fábrica de armas que vive um conflito moral decorrente do seu trabalho.
O último livro do Prémio Nobel de Literatura será publicado simultaneamente em português, italiano, espanhol e catalão, na Europa e na América.
A Blimunda, revista digital mensal de acesso livre da FJS, pode ser descarregada no endereço http://blimunda.josesaramago.org."
(ilustração)
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