(Ilustração na obra "A Maior Flor do Mundo - Conto Infantil)
Revista Visão
José Carlos de Vasconcelos
16 de Janeiro de 2003
(...)
Não farás mais política, segues as coisas, e pelos vistos com tristeza.
Com imensa tristeza. Eu pergunto-me todos ou quase todos os dias: o que se passa com os portugueses? A imagem que eu tenho, e que me é dada pela comunicação social, é de haver uma dominante tão pequena, tão baixa, tão reles! Então, para não dizerem que não sou patriota, todos os dias me lembro da célebre frase do Almeida Garrett: « A terra é pequena e a gente que nela vive também não é grande». E porque não somos grandes? Porque não somos maiores do que aquiloo que - tirando alguns momentos em que fazemos coisas notáveis, que não estavam no 'programa' - parece ser o nosso destino histórico?
Porque nos resignamos tanto? Porque estamos nesta coisa do «quem vier atrás que feche a porta«? Ou, para usar a linguagem mais grosseira: «Pelo tempo que hei-de estar no convento, cago-lhe e mijo-lhe dentro». E o convento é isto - a vida, o País, a relação social. (...)
Sem comentários:
Enviar um comentário