Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Imagem cénica de "A Bagagem do Viajante" Livro de Crónicas

O mapa do Brasil, segundo destino a visitar, isto, depois de concretizar o sonho de visitar a Ilha de Lanzarote; o puzzle com o desenho do território da Europa (montagem do Ódin); e, a obra "A bagagem do Viajante", que resulta da compilação de crónicas publicadas, entre 1969, no jornal "A Capital", e 1972, no "Jornal do Fundão".


"Um dia tinha de chegar em que contaria estas coisas"

"Uma viagem pela selva da vida contemporânea é o que José Saramago propõe ao leitor com estas crónicas, que partem dos mais variados assuntos - uma cena de rua ou uma notícia de jornal - para apresentar uma surpreendente releitura do mundo. Das mentiras da política e da publicidade à poesia dos pequenos gestos quotidianos, da vida secreta das cidades aos mistérios que se escondem na criação artística, nada escapa ao olhar arguto do escritor. Armado com o humor, a ironia e uma constante atenção às armadilhas da linguagem, Saramago revela neste livro uma outra faceta de sua expressão concentrada: eleva assim a crónica à altura dos grandes romances que o consagraram."

Sinopse da obra, mencionada no site da "Companhia das Letras", editora de José Saramago, do Brasil.


Sem comentários:

Enviar um comentário