Depois destas três décadas passadas, Saramago refere-se assim:
"Como vejo eu isto, trinta anos depois? Sorrio, encolho os ombros, e penso:
«Que coisas nós dizemos aos quarenta anos...»"
Lugar-comum ao quadragenário
"Quinze mil dias secos são passados,
Quinze mil ocasiões que se perderam,
Quinze mil sóis inúteis que nasceram,
Hora a hora contados
Neste solene, mas grotesco gesto
De dar corda a relógios inventados
Para buscar, nos anos que esqueceram,
A paciência de ir vivendo o resto."
in, "Cadernos de Lanzarote Diário I"
página 144, 17 de Outubro de 1993
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