"Não me agradam as grandes frases nem a retórica das acções. Mas é verdade que nos meus romances aparecem personagens, sobretudo mulheres, dotadas de um heroísmo discreto, natural, como uma emanação de sua personalidade. São mulheres, inclusive, dispostas ao sacrifício por compaixão, compadecer-se com o outro, um sentimento que tem que ver com a piedade, não com a grandiloquência. Nesse modelo de mulher, que se repete de livro em livro, com nomes diferentes e em épocas diferentes, se está a forjar uma nova forma de humanidade, uma forma distinta de “ser humano”.
“Las palabras ocultan la incapacidad de sentir”, ABC (Suplemento ABC Literario), Madri, 9 de agosto de 1996
[Entrevista a Juan Manuel de Prada].
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