Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

domingo, 26 de junho de 2016

Tribuna do Alentejo - "Saramago liga o Alentejo ao mundo" sobre a XXIV edição do "Festival Sete Sóis Sete Luas"


A notícia publicada no site da "Tribuna do Alentejo", pode ser recuperada aqui, 
em http://www.tribunaalentejo.pt/tribuna/artigos/saramago-liga-alentejo-mundo-festival-sete-sois-sete-luas

Link directo para o "Festival Sete Sóis Sete Luas" aqui
em http://www.festival7sois.eu/pt-pt/

"Saramago liga o Alentejo ao mundo"

"Tudo nasceu de um convite de um grupo de estudantes italianos a José Saramago, durante uma visita ao Alentejo, para ir conhecer a sua cidade, Pontedera, na Toscana, em 1992. Um intercâmbio cultural entre Portugal e Itália que o escritor apadrinhou oferecendo-lhes os direitos de autor em Itália do seu livro “O ano de 1993”. A 24ª edição do Festival Sete Sóis Sete Luas, que atualmente se estende a 30 cidades e 11 países do Mediterrâneo e do norte de África, vai estar presente, entre 24 de junho e 9 de setembro, nos municípios como Ponte de Sor, Alfândega da Fé, Oeiras, Odemira e Castro Verde, com concertos, teatro, dança e degustações. Aqui, a “passarola”, uma máquina voadora inventada pelas personagens que emprestam nome ao evento, é o símbolo desta diluição de fronteiras através da Cultura.

A cidade alentejana de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, é o centro cultural português do festival internacional, dirigido pela Fundação José Saramago, que promove o intercâmbio cultural entre países e defende a mobilidade de artistas por esta rede, privilegiando as periferias em detrimento de grandes centros urbanos. Presente, este ano, em países como Espanha, França, Itália, Brasil e Cabo Verde.

Os outros centros culturais do festival que organizam exposições e laboratórios de criatividade e gastronomia e degustações, e estão localizados em Frontignan (França), Pontedera (Itália), e Ribeira Grande (Cabo Verde). O último, inaugurado em janeiro deste ano, foi construído com os 50 mil euros do prémio Caja Granada, atribuído ao festival em 2009.

Além da nova aposta na formação, a internacionalização dos artistas portugueses, que conta com o apoio do Instituto Camões, é um dos objetivos do festival, que este ano apresenta um concerto de Cuca Roseta, no dia 22 de julho, em Pontedera, Itália. A Luasiberica Orkestra, formada na edição anterior, funde as sonoridades de Andaluzia, Brasil, Itália e Portugal e vai este ano viajar a vários países do universo Sete Sóis Sete Luas.

Com a preocupação de fazer chegar música de qualidade às populações, a programação do festival oferece uma panóplia de géneros e sonoridades, como a guitarra de world music de Manecas Costa, da Guiné-Bissau, indicado aos Grammy em 2009, os Tribali Music, um grupo de Malta que toca com instrumentos do Nepal e da Índia, e os Rhymes Des 7Lunes, cinco músicos de Cabo Verde, Israel, Itália, Marrocos e Portugal, coordenados por José Peixoto, ex-membro dos Madredeus. Com lugar, também, para a companhia de circo L’Ptits Bras, o teatro de Markeliñe e a exposição de arte urbana de Alicé e Zed1." 

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