Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Apresentação da conferência "Saramago entre a negatividade e a utopia" do Prof. Horácio Ruivo (Universidade de Turim - Itália)



A propósito da conferência do Professor Horácio Ruivo, recupero a menção da Fundação José Saramago aquando da apresentação do livro “A representação do espaço em Saramago — da negatividade à utopia” (3/8/2017) e que pode ser recuperado e consultada aqui 

"Em março deste ano foi apresentado na Fundação José Saramago, em Lisboa, o livro “A representação do espaço em Saramago — da negatividade à utopia” de Horácio Ruivo, com a chancela da Edições Esgotadas. Após o seu doutoramento em Literatura Portuguesas, Horácio Ruivo decide publicar este estudo alargado e aprofundado sobre a representação do espaço em duas vertentes o “espaço da memória” e o “espaço da violência” em José Saramago. Os romances que foram objecto de investigação pelo autor foram: Memorial do Convento, Ensaio sobre a Cegueira, Levantado do Chão, A Caverna e As Pequenas Memórias."

Capa da obra

"Este estudo, assim é apresentado pela editora, incide sobre o espaço na obra literária de José Saramago. Considerada uma categoria intencionalmente privilegiada pelo escritor em muitos dos seus romances, não apenas na dimensão física, mas numa multiplicidade de sentidos emergente a partir dos diferentes topoi apresentados, reconhece-se a existência de uma linha ascensional que reflecte a forma evolutiva como vão sendo apresentados os espaços, reais ou sugeridos, em interacção com as personages, implicando nestas um forte crescimento interior.
Vão ser exploradas as dimensões humana e simbólica do espaço. A cada uma destas dimensões é associada, respetivamente, a memória e a violência."

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