(...) "Quanto ao domínio norte-americano, creio ser ele uma invencível fatalidade: conhecemos-lhe as causas, não lhe ignoramos as intenções, e nada disso foi suficiente para que soubéssemos resistir aos metódicos processos de compressão e laminação cultural de que estamos a ser objecto, com as nossas culturas históricas a perderem rapidamente espessura vital e a coesão. Numa Europa incapaz de questionar-se a si própria, a postura hoje mais comum é a de uma resignação que tocou o fundo.
Escusado será dizer que nenhum estado de espírito poderia convir melhor a um projecto imperial alemão que deixou de dar-se ao trabalho de se disfarçar: ainda o jogo ia no princípio, e já o tínhamos perdido..."
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