José Saramago
Homem Universal
Sem territórios ou fronteiras, porque as imagens e as palavras são de todo o mundo.
Traduzido em dezenas de línguas, sentiu-se espantado quando as suas obras tinha vendido mais de 1.000.000 de livros nos Estados Unidos da América.
Sentiu-se reconhecido quando por diversas paragens, em apresentações das suas obras, em conferências, em entrevistas, em teatros, anfiteatros e outros locais, onde acontecia centenas ou milhares de pessoas o esperavam para o ouvir. E ele sabia o que dizer.
Apelou à "Bondade" e à "Justiça", e que se estes se cumprissem a "Caridade" não teria lugar.
Tocava a mente das pessoas.
Tocou os corações daqueles que o ansiavam receber com suas imagens e metáforas.
A Blimunda, o Tertuliano Máximo Afonso, Cipriano Algor, o Sr. José,
a Mulher do Médico, o H, o Constante e o Achado,
Salomão, o Domingos Mau-Tempo, o Presidente da Câmara,
Jesus, o Pedro Orce, o irmão de Caim,
Raimundo Silva, os tipógrafos da Noite
o Homem que pediu um barco ao rei e o Menino da Flor...
Eles, estes e tantos outros, são a voz que nos alerta...
Mantenham-se em alerta...
Uma inquietação constante
Um desassossego permanente
Uma pergunta em vez de uma resposta
José Saramago durante o lançamento de A viagem do elefante, no SESC Pinheiros.
(Fotos por Renato Parada)
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