Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

sábado, 18 de janeiro de 2020

12 a 17 de Janeiro de 1994 - "Cadernos de Lanzarote II"

12 de Janeiro
"Conversa com João Mário Grilo e Clara Ferreira Alves sobre o documentário - formato «Artes e Letras» - que Isabel Colaço teve a ideia de produzir." (...)
"Há dias de sorte. Tive hoje - 12 de Janeiro - a grata satisfação de receber do Gabinete das Relações Culturais Internacionais da Secretaria de Estado da Cultura um fax que se fazia acompanhar de uma carta da Fundación El Libro, de Buenos Aires, datada de 13 de Setembro do ano passado, em que me convidam a participar na Feira do Livro que em Março ali se irá realizar." (...) 

13 de Janeiro
"Diz o Gabinete das Relações Culturais Internacionais da Secretaria de Estado da Cultura que não teve culpa. Diz que o convite lhe foi comunicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros em 2 de Novembro e que o imediatamente o transmitiu ao Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro" (...)

17 de Janeiro
"Durante quatro dias a casa esteve transformada num pequeno estúdio de cinema (...) eu respondendo às perguntas de Clara, eu escutando as recomendações de João Mário, eu esforçando-me por parecer inteligente na palavra, no gesto, na expressão.

#DiáriosDeSaramago
#ContinuarSaramago

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