"Leio (...) que o retrato do primeiro-ministro António Guterres vai ser colocado nas paredes das repartições públicas do país. Pensava eu que nos havíamos curado destas demonstrações iconográficas depois de tantos anos a aturar deus-pátria-família e seus derivados, com o sábio varão de Santa Comba a fiscalizar do alto os impostos que pagávamos à boca do cofre ou com juros de mora, sob a presidência, conforma as épocas e mandatos, do bigode mosqueteiro de Carmona, do ar de quero-mas-não-posso de Craveiro Lopes, da expressão transcendentalmente estúpida de Américo Tomás..." (...)
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