Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Lena Gal, artista plástica, a exposição "O feminino da escrita de José Saramago"

(Artista Plástica, Lena Gal - "Mulheres Marias", 116*89 - 
da exposição "O feminino da escrita de José Saramago") 

Informação, recolhida neste link, a propósito da exposição, aqui
"A exposição de pintura é inaugurada no próximo dia 25 de Setembro no Centro Municipal de Cultura, em Ponta Delgada, podendo ser visitada até 23 de Outubro.
São 25 quadros, 21 acrílicos sobre tela e 4 desenhos, onde a artista refaz por outra via que não a da palavra, as imagens sobre o feminino sugerido pela escrita de Saramago – escrita que sempre manteve um diálogo muito próximo com as artes plásticas e que já foi motivadora de outras trabalhos.
Como refere Pedro Fernandes de Oliveira Neto, estudioso da obra de José Saramago, no texto introdutório à exposição, o trabalho de Lena “reúne muitas peculiaridades: não somente porque estamos diante de mãos femininas já prendadas na arte da invenção de outras maneiras de ser mulher, mas porque a artista se encontra motivada em simultâneo pela escritura (…) ensaística e pela romanesca, extraindo desse encontro figurações que são síntese e limiar de uma acção interpretativa”.
“O Feminino na escrita de José Saramago” é fruto do contacto com o livro homónimo de Pedro Fernandes de Oliveira Neto e com a obra do escritor português, onde a artista sentiu um elo forte entre as personagens saramaguianas e a sua linguagem plástica, a sua pintura feminina e as mulheres reais da sua própria história de vida.  Lena Gal diz ter identificado a mesma força, os silêncios e os sentidos do olhar, a intuição, o amor, a sensualidade, a denúncia de casos de violência e do assédio sexual, a cumplicidade feminina do despertar para a consciência do ser mulher."

Consultar também, http://www.casalenagal.com/

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