Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Recordamos a edição #18 de Novembro 2013... enquanto aguardamos a próxima

(Capa da ediçã #18 - Novembro de 2013)


Sinopse da edição, via Fundação José Saramago, para descarregar e ler, aqui
em http://blimunda.josesaramago.org/2013/11/20/blimunda-18-novembro-de-2013/

"No mês dos 91 anos de José Saramago, a Blimunda traz com ela duas entrevistas de Sara Figueiredo Costa a dois dos jovens autores mais promissores em língua portuguesa: Afonso Cruz e Ondjaki. O primeiro acaba de lançar o seu novo romance Para onde vão os guarda-chuvas (ed. Alfaguara), o segundo, Ondjaki, que acaba de ser distinguido com o Prémio Literário José Saramago, atribuído pela Fundação Círculo de Leitores, pelo romance Os Transparentes (Ed. Caminho).

Em estreia nas páginas da Blimunda, Jeronimo Pizarro traz-nos um texto sobre literatura de viagens, com passagens por Pessoa, Camilo Pessanha ou Dinis Machado.

No infantil e juvenil, destaque para os 130 anos que a Biblioteca de São Lázaro, em Lisboa, está a comemorar, partindo do texto absolutamente atual de Feio Terenas, o primeiro bibliotecário da rede de Bibliotecas de Lisboa. Presente também nas páginas desta secção a recente edição portuguesa de Como Apanhar uma Estrela, de Oliver Jeffers, pela Orfeu Negro.

Quase a terminar, o centenário de Camus não é esquecido, através de um texto de Juan José Tamayo, que integra a sua obra Cincuenta intectuales para una conciencia crítica, publicada em Barcelona pela Fragmenta. E como dos 91 anos de José Saramago se trata, a Blimunda entrou nos arquivos da Biblioteca que leva o nome do autor e descobriu as dedicatórias que outros escritores deixaram gravadas em livros que ocupam as prateleiras daquele magnífico espaço. Um trabalho de arqueologia literária que terá continuidade no próximo número da Blimunda.

A terminar uma nota para a capa desta edição, que apresenta algunas mudanças gráficas permitindo um contacto mais rápido com os temas que preenchem as suas páginas. Para janeiro, outras mudanças se anunciam.

A todos, boas leituras!"