Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

"José Saramago Nas suas palavras" edição de Fernando Gómez Aguilera

"A morte é uma coisa lixada […] não só porque nos retira da vida, ou nos empurra brutalmente para fora da vida, que é o mais correto, mas também porque tem muitíssimas vezes outra consequência: uma outra espécie de morte que se chama esquecimento."

"Ninguém empurra a morte, ela está sempre ao lado… Está tão ao lado que não é raro que se lhe toque. E quando se toca, já se sabe, a parte mais fraca é aquela que perde…"
João Céu e Silva, Uma longa viagem com José Saramago, Porto Editora, 2009



Aquisição da edição #4 da revista "Calibán" (2001 - Brasil)


Cláudio Aguiar entrevista José Saramago


Fica o testemunho dos principais assuntos, desta espécie de entrevista a que oportunamente voltarei!

"Imaginação e Estética
Como repensar o passado
Os destinatários da obra literária
As influências herdades
Os anos perdidos
A farsa absurda da desordem
Primeiro viver, depois escrever?"