Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

sexta-feira, 31 de março de 2017

Nos 300 anos do Palácio Nacional de Mafra - Exposição baseada na obra "Memorial do Convento"

A Fundação José Saramago assinalou a data. 
Aqui em https://www.josesaramago.org/2603-abertura-da-exposicao-memorial-do-convento-mafra/

"26/03: Abertura da exposição sobre o «Memorial do Convento», em Mafra
No dia 26 de março, pelas 17h, abre ao público, no Palácio Nacional de Mafra, a exposição «Memorial do Convento – Era uma vez um rei devoto, um padre que queria voar, e uma mulher com poderes», a partir do romance de José Saramago.

Em 2017 comemoram-se os 300 anos da colocação da primeira pedra para a construção do Palácio de Mafra e também os 35 anos da publicação de «Memorial do Convento». A exposição, organizada pela Câmara Municipal de Mafra em parceria com a Fundação José Saramago, tem curadoria de Filomena Oliveira e Miguel Real e projeto expositivo da Silvadesigners.

A entrada é livre e a exposição estará patente até ao dia 31 de maio."

"Do material de divulgação:

Destinada a comemorar os 35 anos da publicação de Memorial do Convento, a exposição “Era uma vez um rei devoto, um padre que queria voar e uma mulher com poderes” integra- se nas Comemorações dos 300 anos do lançamento da primeira pedra do Convento de Mafra e tem o alto patrocínio da Câmara Municipal de Mafra, da Fundação José Saramago e da direcção do Palácio Nacional de Mafra.

Evidencia-se parte do espólio de José Saramago destinado à escrita do romance, bem como se ilustra este através da obra pictórica de José Santa- Bárbara, em cujos quadros Saramago diz ter descoberto o rosto de Blimunda.

“Comecei a ver o país todo como um gigantesco convento cujos limites nem sequer eram as fronteiras do que é hoje Portugal, porque se prolongavam por dentro das pessoas” – José Saramago, cujo estilo presente em Memorial do Convento libertou a literatura portuguesa do registo tradicional de escrita e se prolongou na inspiração em outros registos estéticos, como o teatro, a pintura, a ópera."






Mais informações em http://www.palaciomafra.pt/