Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Passagem de ano 1994/1995... e os vinte minutos que sobravam nas Canárias



Publicado em "Cadernos de Lanzarote Diário II"
Caminho, página 268

Recuperado via página do Facebook da Fundação José Saramago, aqui

28 de Dezembro de 1997 - Comentário às palavras do editorial do jornal Expresso

«Pior do que um mundo com guerras, com fome e com doenças só um mundo de homens todos iguais, pacíficos e saudáveis.» Este foi o pedacinho-de-ouro oferecido pelo Expresso no seu editorial de ontem, provavelmente para acautelar o futuro do negócio. Tem toda a razão: esses homens iguais, pacíficos e saudáveis não leriam certamente o Expresso...