Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

"História do Cerco de Lisboa" a partir de José Saramago com dramaturgia de José Gabriel Antuñano e encenação de Ignacio García (TMJB Almada Outubro 2017)

A sinopse de apresentação da peça e respectivo prospecto para a temporada 2017, estão disponíveis para consulta aqui em http://www.ctalmada.pt/images/programa_2017.pdf
Toda a informação através do site do Teatro Municipal Joaquim Benite de Almada, aqui

Imagem alusiva ao cerco de Lisboa

COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA
CO-PRODUÇÃO: ACTA – A COMPANHIA DE TEATRO DO ALGARVE, COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA, COMPANHIA DE TEATRO DE BRAGA E TEATRO DOS ALOÉS

"HISTÓRIA DO CERCO DE LISBOA
a partir de José Saramago | dramaturgia de José Gabriel Antuñano
encenação de Ignacio García

A capacidade de dizer “não” é um dos temas abordados por Camus no seu Homem revoltado. E colocar um “não” onde estava escrito um “sim” é o que faz Raimundo Silva, o revisor que protagoniza a História do Cerco de Lisboa. Só que a afirmação (pela negação) desta personagem Sara Maguiana servirá de ponto de partida para a criação: no caso, a escrita de uma História do Cerco de Lisboa na qual os cruzados “não” auxiliem D. Afonso Henriques na conquista da cidade. E deste “não” surgirá também uma história de amor, entre o revisor e a directora literária Maria Sara – plasmada, de certo modo, nas personagens do soldado Mogueime e da barregã Ouroana. A adaptação de José Gabriel Antuñano vai ao encontro (e vai além) do tema central do romance de Saramago: a fronteira entre a realidade e a ficção, bem como a redenção pelo amor.

Formado pela Real Escuela Superior de Arte Dramático de Madrid, Ignacio García foi adjunto do director artístico do Teatro Español. É director artístico do Festival Dramafest, no México, e tem desenvolvido uma carreira como encenador de teatro e ópera na Europa, na Ásia e na América Latina. Entre os autores que tem levado à cena encontram-se nomes como Kataiev, Juana Inés de la Cruz, Rodriguez Méndez, Ernesto ou Dario Fo.


Intérpretes Ana Bustorff, Elsa Valentim, João Farraia, Jorge Silva, José Peixoto, Luís Vicente, Pedro Walter, Rui Madeira e Tânia Silva
Cenografia José Manuel Castanheira
Figurinos Ana Paula Rocha
Luz Guilherme Frazão
Som Miguel Laureano

12 OUTUBRO a 03 NOVEMBRO, 2017
Qua a Sáb às 21h | Dom às 16h
SALA PRINCIPAL | M/12

CONVERSAS COM O PÚBLICO Sáb 14, 21 e 28 OUTUBRO às 18h"