Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

domingo, 26 de junho de 2016

Apresentação da XXIV edição do "Festival Sete Sóis Sete Luas" 2016

Cartaz de apresentação da XXIV edição

Mais informações, através do site oficial, aqui  
ou na página do Facebook, aqui

História e origem do festival, aqui

"COMO NASCE"

"Pela curiosidade e audácia de um grupo de estudantes da Toscana e o apoio de um escritor português nasce a experiência do Festival Sete Sóis Sete Luas.

Jovens sonhadores, com uma grande paixão pelo teatro, fundam o Gruppo Teatrale Immagini (Grupo Teatral Imagens) em 1987. Ansiosos por atravessar a fronteira italiana, em 1991, voam até ao Alentejo. Aqui apresentam vários espectáculos com muito sucesso e entram em contacto com José Saramago, convidando-o a visitar Pontedera. O escritor português não só aceita o convite, como também lhes oferece os direitos de autor em Itália do seu livro “O ano de 1993”. Em 1993 nasce o Festival Sete Sóis Sete Luas, dirigido por Marco Abbondanza desde a sua primeira edição, e começa  o original e rico intercâmbio cultural entre Itália e Portugal que, ao longo dos seus 21 anos (1993-2013), já viu aderir muitos outros países: Grécia (1993), Espanha (1997), Cabo Verde (1998), França e Marrocos (2005), Israel (2006), Croácia (2008), Brasil (2009), Roménia (2012), Eslovénia e Tunísia (2013), privilegiando sempre as localidades periféricas e não os grandes centros.


UM PRESIDENTE HONORÁRIO MILITANTE E UM SÍMBOLO ILUMINISTA

José Saramago deu ao Festival SSSL os instrumentos, filosóficos e práticos, para começar esta fantástica viagem pelo Mediterrâneo e pelo mundo lusófono. O Festival inspira-se nos valores presentes na sua obra “Memorial do Convento”, cujas personagens são sonhadores de alma visionária, que vivem numa Europa medieval, oprimidos por uma intolerante e tenebrosa Inquisição. Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas criam a “passarola”, uma máquina voadora, que é o símbolo do Festival pelo seu poder evocativo e simbólico, representando a metáfora do sonho e da liberdade utópica. O Festival serve-se da capacidade da arte, da música e da literatura de ver para além da realidade do nosso tempo.


O QUE É

– Uma Rede cultural de 30 cidades de 13 Países – Brasil, Cabo Verde, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Portugal, Roménia e Tunísia – que privilegia relações vivas e directas com os pequenos centros e os artistas;
– Uma viagem pelo Mediterrâneo e pelo mundo lusófono: uma viagem feita de encontros. Os artistas, os operadores culturais e os espectadores participam nas acções de mobilidade internacional ;
– Um Festival que vai ao encontro das pessoas, não das praças e dos monumentos;
– Um Festival da criação musical: cada ano produz uma ou mais orquestra multicultural;
– Promotor de turismo cultural: o público pode seguir o Festival nas várias paragens da sua viagem pelo mundo lusófono e mediterrâneo;


PRÉMIOS E DISTINÇÕES INTERNACIONAIS

– 2 vezes o apoio do Programa Caleidoscópio da Comissão Europeia
– 6 vezes o apoio do Programa Cultura2000 da Comissão Europeia e 1 vez o apoio do Programa Interreg Medocc
– a 20 de Janeiro de 2009 e de 2013, o Festival SSSL foi apresentado no Parlamento Europeu em Bruxelas, numa audição especial;
– a 16 de Abril de 2009 recebeu o prestigioso prémio espanhol “Caja Granada” para a Cooperação internacional. O prémio de 50.000€ foi investido na construção de um novo Centrum SSSL na Ribeira Grande, na ilha de Santo Antão em Cabo Verde."


"CASTRO VERDE homenageou JOSÉ SARAMAGO no SETE SÓIS" (03/02/2011)

Aqui via blog "Casa das Primas", 

"Na ultima edição do Festival Mediterrânico, Sete Sóis ,Sete Luas, a organização homenageou José Saramago, com colagens de passagens das suas obras, especialmente do seu livro "O Memorial do Convento", pelas paredes das casas da Rua D. Afonso I."

Tribuna do Alentejo - "Saramago liga o Alentejo ao mundo" sobre a XXIV edição do "Festival Sete Sóis Sete Luas"


A notícia publicada no site da "Tribuna do Alentejo", pode ser recuperada aqui, 
em http://www.tribunaalentejo.pt/tribuna/artigos/saramago-liga-alentejo-mundo-festival-sete-sois-sete-luas

Link directo para o "Festival Sete Sóis Sete Luas" aqui
em http://www.festival7sois.eu/pt-pt/

"Saramago liga o Alentejo ao mundo"

"Tudo nasceu de um convite de um grupo de estudantes italianos a José Saramago, durante uma visita ao Alentejo, para ir conhecer a sua cidade, Pontedera, na Toscana, em 1992. Um intercâmbio cultural entre Portugal e Itália que o escritor apadrinhou oferecendo-lhes os direitos de autor em Itália do seu livro “O ano de 1993”. A 24ª edição do Festival Sete Sóis Sete Luas, que atualmente se estende a 30 cidades e 11 países do Mediterrâneo e do norte de África, vai estar presente, entre 24 de junho e 9 de setembro, nos municípios como Ponte de Sor, Alfândega da Fé, Oeiras, Odemira e Castro Verde, com concertos, teatro, dança e degustações. Aqui, a “passarola”, uma máquina voadora inventada pelas personagens que emprestam nome ao evento, é o símbolo desta diluição de fronteiras através da Cultura.

A cidade alentejana de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, é o centro cultural português do festival internacional, dirigido pela Fundação José Saramago, que promove o intercâmbio cultural entre países e defende a mobilidade de artistas por esta rede, privilegiando as periferias em detrimento de grandes centros urbanos. Presente, este ano, em países como Espanha, França, Itália, Brasil e Cabo Verde.

Os outros centros culturais do festival que organizam exposições e laboratórios de criatividade e gastronomia e degustações, e estão localizados em Frontignan (França), Pontedera (Itália), e Ribeira Grande (Cabo Verde). O último, inaugurado em janeiro deste ano, foi construído com os 50 mil euros do prémio Caja Granada, atribuído ao festival em 2009.

Além da nova aposta na formação, a internacionalização dos artistas portugueses, que conta com o apoio do Instituto Camões, é um dos objetivos do festival, que este ano apresenta um concerto de Cuca Roseta, no dia 22 de julho, em Pontedera, Itália. A Luasiberica Orkestra, formada na edição anterior, funde as sonoridades de Andaluzia, Brasil, Itália e Portugal e vai este ano viajar a vários países do universo Sete Sóis Sete Luas.

Com a preocupação de fazer chegar música de qualidade às populações, a programação do festival oferece uma panóplia de géneros e sonoridades, como a guitarra de world music de Manecas Costa, da Guiné-Bissau, indicado aos Grammy em 2009, os Tribali Music, um grupo de Malta que toca com instrumentos do Nepal e da Índia, e os Rhymes Des 7Lunes, cinco músicos de Cabo Verde, Israel, Itália, Marrocos e Portugal, coordenados por José Peixoto, ex-membro dos Madredeus. Com lugar, também, para a companhia de circo L’Ptits Bras, o teatro de Markeliñe e a exposição de arte urbana de Alicé e Zed1."