Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

“Saramago según Saramago”, Revista Tres - Montevideu (18 de Setembro de 1998)

(Imagem de mensagem colocada na Fundação José Saramago - fotografia pessoal)


"Embora não sejamos possuidores da verdade, porque isto não existe, somos os que dizemos a palavra não. O sim é rotineiro, está sempre ali. Há que introduzir um não para enfrentar o sim, que é o consenso hipócrita em que mais ou menos estamos a viver."

“Saramago según Saramago”, Revista Tres, Montevideo, 18 de Setembro de 1998

Sem comentários:

Enviar um comentário