Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Pintura de José Saramago - imagem alegórica onde são agregados vários aspectos da sua vida e obra


«Ao fundo, LANZAROTE !
"Onde não comem sete, não comem oito": antiprovérbio presente em LEVANTADO DO CHÃO. Sara da Conceição estava grávida uma vez mais e assim o texto ratifica a penúria do Portugal de então. Aliás, muito atual. E, por pensar em alimentos, a escrita é capaz de nos alimentar de ideias, de abrir os olhos para injustiças. Certo dia, um amigo português emprestou-me um "flyer" de um restaurante. Tal restaurante homenageava vários escritores; um deles, claro, foi José Saramago. Degustem a foto e identifiquem o nome dos pratos.»

Reflexão de Eula Carvalho Pinheiro, académica e ilustre Saramaguina

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