Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Ernesto Sampaio entrevista José Saramago a propósito do lançamento de "Levantado do Chão" (Diário de Lisboa / Março de 1980)

35 anos do lançamento da obra "Levantado do Chão"
Via Fundação José Saramago, em,

Entrevista de José Saramago ao Diário de Lisboa, em Março de 1980

“José Saramago, escritor, poeta, jornalista: aí o temos na nossa frente, simples, claro, frontal, para quem escrever é ‘aproximar-se da vida´”, escreve Ernesto Sampaio na introdução da entrevista que fez ao autor de Levantado do Chão, em março de 1980, dias depois do livro ser lançado. Nessa conversa publicada pelo Diário de Lisboa, José Saramago fala sobre o processo de escrita do romance, das dificuldades formais que teve que enfrentar, sobre o Alentejo e sobre as expectativas em relação ao livro que acabava de publicar: “(…) não posso deixar de exprimir um outro voto, mais egoísta: que mesmo nessa altura, graças a algum valor literário que hoje tenha e então conserve, ainda o Levantado do Chão seja lido.” Leia a seguir a entrevista:



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